Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...
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C4- Facilitador: I<strong>de</strong>al seria isso que se está buscando fazer, acompanhamento e orientação<br />
dos pais para que eles saibam lidar <strong>em</strong> casa, fora daqui com a criança TDAH e perante a<br />
socieda<strong>de</strong>,<br />
C9- Dificulda<strong>de</strong>: Na esfera pública eu acredito que seja uma maior integração entre educação e<br />
saú<strong>de</strong> (...) na esfera privada, da mesma maneira os planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> t<strong>em</strong> que se a<strong>de</strong>quar a<br />
situação <strong>de</strong> que a medicina não <strong>de</strong>ve ser vista sob o ponto <strong>de</strong> vista exclusivamente médica,<br />
<strong>de</strong> uma forma pluralista na verda<strong>de</strong>, todos os profissionais t<strong>em</strong> o seu espaço e portanto no<br />
processo <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong>ve existir a correta orientação, r<strong>em</strong>uneração <strong>de</strong> todos os<br />
profissionais envolvidos, caso contrário não se chega a um i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> tratamento(...)<br />
C9- Facilitador: Basicamente o que se tenta fazer aqui no CENEP (...) tentar <strong>de</strong> forma exaustiva<br />
fazer com que todos os elos que vão acabar promovendo essa criança, isto é, na parte<br />
biológica, psicológica, social sejam cont<strong>em</strong>plados por profissionais a<strong>de</strong>quados para que a<br />
evolução ocorra.<br />
C8- Dificulda<strong>de</strong>: T<strong>em</strong>os poucas pessoas, queríamos aten<strong>de</strong>r muito mais crianças, então<br />
estamos tentando aten<strong>de</strong>r os casos mais graves (...) tentar ensinar o médico, o estudante <strong>de</strong><br />
medicina, que o médico realmente ele não gosta muito <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r TDAH, porque é algo crônico,<br />
difícil, difícil lidar com a família, então o médico pediatra precisava, precisamos ter como fazer<br />
com que os pediatras saiam daqui também com interesse <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r TDAH, neurologista são<br />
poucos, pediatras são muitos, se cada pediatra no posto <strong>de</strong>cidisse ter interesse, não<br />
precisava centralizar tudo no CENEP.<br />
C8- Facilitador: O CENEP não é uma solução para tudo não, o CENEP, na verda<strong>de</strong> ele visa<br />
muito mais a pesquisa , o ensino, formar pessoas aqui para saber lidar lá fora, a solução é<br />
os Centros regionais <strong>de</strong> educação formar<strong>em</strong> núcleos <strong>de</strong> avaliação e a recuperação é na<br />
escola, então, por ex<strong>em</strong>plo, a criança faz uma avaliação nesses centros e <strong>de</strong>pois é orientada<br />
para laboratórios <strong>de</strong> lingüística, laboratórios <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as comportamentais, laboratório <strong>de</strong><br />
mat<strong>em</strong>ática <strong>de</strong>ntro da escola, essa é a solução, que são muitas crianças, é difícil aten<strong>de</strong>r num<br />
centro, nós t<strong>em</strong>os mais <strong>de</strong> 200 crianças na fila. A escola é uma faceta, a família v<strong>em</strong> junto, por<br />
ex<strong>em</strong>plo, grupos <strong>de</strong> famílias; no atendimento médico, como v<strong>em</strong> muita criança nós não damos<br />
muita atenção para a família, por isso que é importante fazer esse grupo <strong>de</strong> pais, né<br />
C10- Dificulda<strong>de</strong>: Estão mais relacionadas com a visão que as pessoas têm(...)alguns<br />
profissionais consi<strong>de</strong>ram um aspecto mais importante que o outro, há uma tendência ainda<br />
dos profissionais consi<strong>de</strong>rar<strong>em</strong> os pais menos capazes <strong>de</strong> lidar com o quadro que eles<br />
tratam profissionalmente, (...) então acho que isso ainda é um pouco difícil, acho que ainda t<strong>em</strong><br />
que ter uma maturida<strong>de</strong> maior para fazer esse tratamento multidisciplinar, interdisciplinar<br />
que seja produtivo, que ele não fique só no âmbito do, ah eu vou examinar hoje uma<br />
criança com TDAH mas eu já não quero mais pq eu já conheço, que é o ambiente<br />
característico <strong>de</strong> hospital escola, isso também acho outra dificulda<strong>de</strong> acho que essa questão<br />
das famílias estar<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre lidando com médicos diferentes as tornam ansiosas as tornam<br />
constrangidas, isto também eu não acho legal, mas isso é inevitável nesse ambiente, isso não<br />
dá para mudar, acho que no ambulatório sim que as pessoas po<strong>de</strong>riam ser mais abertas.<br />
C10- Facilitador: Eu acho que para você ser b<strong>em</strong> sucedida num tratamento da criança com TDAH<br />
você t<strong>em</strong> que começar pela família, envolver esses m<strong>em</strong>bros, fazer com que eles tenham<br />
acesso ao tratamento medicamentoso se for necessário, mas ao tratamento médico <strong>de</strong> uma<br />
maneira a<strong>de</strong>quada fazer essa interação mais tranqüila que ela tenha apoio <strong>em</strong> todas as áreas<br />
que ela precisa as vezes até um apoio psicológico, mas no apoio afetivo daquelas pessoas<br />
com qu<strong>em</strong> ela lida e que são importantes pra vida <strong>de</strong>la e da criança então o tratamento que<br />
aqui atenda todas essas necessida<strong>de</strong>s é que é importante eu sou absolutamente contrária a<br />
essa tendência <strong>de</strong> só resolver os probl<strong>em</strong>as da criança quando eles vêm da escola quando<br />
eles reflet<strong>em</strong> no comportamento ou <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho acadêmico para mim essa é uma das<br />
facetas do TDAH não é a faceta mais importante.<br />
C11- Dificulda<strong>de</strong>: Eu acho assim que a dificulda<strong>de</strong> que nós encontramos enquanto profissionais<br />
é questão realmente do diagnóstico, não <strong>de</strong> nós fazermos o diagnóstico, mas <strong>de</strong> você passar