Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...
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5.2.3.1 No âmbito familiar<br />
A família <strong>de</strong>ve receber informações claras e precisas sobre o transtorno; num<br />
primeiro momento pelo médico. Estas informações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> compreen<strong>de</strong>r o entendimento<br />
do que é o TDAH e <strong>de</strong> suas causas biológicas, para que a família possa compreen<strong>de</strong>r o<br />
comportamento do sujeito com TDAH e assim se dispor a impl<strong>em</strong>entar estratégias que o<br />
aju<strong>de</strong>m <strong>em</strong> relação ao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho escolar ou ao comportamento social.<br />
Um programa <strong>de</strong> treinamento com os pais (treinamento parental) é, muitas vezes,<br />
fundamental para que estes aprendam a interagir com seus filhos. Dentre as estratégias<br />
essenciais para o sucesso do tratamento, é necessário que os pais aprendam a fazer a<br />
distinção entre <strong>de</strong>sobediência e incompetência, pois <strong>de</strong>ssa forma serão capazes <strong>de</strong><br />
reduzir as punições, orientando a criança para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> comportamentos<br />
<strong>de</strong>sejáveis. (BENCZIK, 2002, p.78).<br />
A auto-estima é um probl<strong>em</strong>a crucial para o sujeito com TDAH; a mudança <strong>de</strong><br />
comportamento dos pais a partir do conhecimento do transtorno po<strong>de</strong> ser o primeiro<br />
passo na reconstrução da auto-estima da criança, pois:<br />
Não raramente, somente com informações a respeito da condição do filho e com a compreensão<br />
<strong>de</strong> que aquele comportamento que vinha sendo consi<strong>de</strong>rado até então como proposital ou<br />
<strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> uma personalida<strong>de</strong> perturbada <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, na verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> uma disfunção do sist<strong>em</strong>a<br />
nervoso central, já po<strong>de</strong>rá haver sensível melhora na relação dos pais com a criança, com<br />
repercussões muito positivas <strong>em</strong> vários sentidos. Compreen<strong>de</strong>ndo que boa parte das reações da<br />
criança é involuntária e difícil ou impossível <strong>de</strong> ser contida, os pais po<strong>de</strong>rão tornar-se mais<br />
tolerantes. A criança passará a ser menos admoestada e po<strong>de</strong>rá, talvez, começar a reconstruir sua<br />
auto-estima. ( SCHWARTZMAN, 2001,p.72).<br />
Quando os pais mudam o foco <strong>de</strong> visão <strong>em</strong> relação à criança, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong><br />
qualificá-la como relaxada, preguiçosa, irresponsável e passam a <strong>de</strong>stacar suas<br />
competências, inteligência, e outros pontos positivos, estão contribuindo para melhorar a<br />
sua auto-estima e conseqüent<strong>em</strong>ente garantindo o seu a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
É necessário também que os pais recebam informação sobre o tratamento<br />
medicamentoso, para que junto com o médico possam <strong>de</strong>cidir sobre a possibilida<strong>de</strong> ou<br />
não <strong>de</strong> seu uso.<br />
É importante ainda, segundo Cypel (2003, p.75) que os pais saibam que não<br />
po<strong>de</strong>m esperar que comportamentos alterados e cristalizados há muito t<strong>em</strong>po se