Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...
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6 ABORDAGEM TRANSDISCIPLINAR E TDAH: O ESTUDO REALIZADO NO<br />
CENTRO DE NEUROLOGIA PEDIÁTRICA (CENEP) DO HOSPITAL DE<br />
CLÍNICAS/UFPR<br />
A teoria histórico-cultural da construção social da mente, proposta por Vigotski é,<br />
como já visto, uma teoria materialista marxista, e enquanto tal, utiliza uma metodologia<br />
dialética.<br />
A essência da dialética é o conceito <strong>de</strong> antítese, pois se consi<strong>de</strong>rando tese<br />
qualquer formação social, antítese passa a ser a convivência <strong>de</strong>ntro da tese <strong>de</strong><br />
el<strong>em</strong>entos conflituosos que nutr<strong>em</strong> a dinâmica histórica, ocasionando a superação.<br />
(DEMO, 1983, p-87). Assim, a dialética liga-se ao fenômeno da contradição, ocorrendo<br />
predomínio do conflito sobre o consenso, sendo que as contradições não são<br />
necessariamente exógenas, mas provém <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro; a contradição não é <strong>de</strong>feito, mas<br />
pressuposto para um constante vir-a-ser.<br />
Neste contexto, a dialética nos permite admitir que toda formação social é<br />
contraditória para que seja historicamente superável; logo, a dialética privilegia a<br />
transição histórica, sendo uma fase superada por outra on<strong>de</strong> o novo predomina sobre a<br />
fase anterior.<br />
Desse modo, a contradição é uma das categorias marxistas que se utilizará nesta<br />
análise.<br />
A metodologia dialética do estudo requer a opção pela abordag<strong>em</strong> qualitativa no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa. A pesquisa qualitativa, como costuma ser referida,<br />
caracteriza-se, entre outros, pela preocupação com os significados humanos, com a<br />
dimensão histórica do processo (individual e coletivo, ao mesmo t<strong>em</strong>po) <strong>de</strong>rivado da<br />
práxis humana e por isso mesmo, não linear n<strong>em</strong> neutro. (PÁDUA, 2000, p.29).<br />
Segundo Minayo,<br />
A pesquisa qualitativa respon<strong>de</strong> a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências<br />
sociais, com um nível <strong>de</strong> realida<strong>de</strong> que não po<strong>de</strong> ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o<br />
universo <strong>de</strong> significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitu<strong>de</strong>s, o que correspon<strong>de</strong> a um<br />
espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não po<strong>de</strong>m ser<br />
reduzidos à operacionalização das variáveis. (MINAYO, 1994 ,p.21).