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Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...

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140<br />

C11- Eu acho assim que o trabalho aqui está sendo estruturado, ele já t<strong>em</strong> um caminho<br />

percorrido mas t<strong>em</strong> muito a ser construído.<br />

Estas falas evi<strong>de</strong>nciam o pressuposto mais fundamental da metodologia dialética,<br />

já referido neste trabalho, <strong>de</strong> que toda formação social é suficient<strong>em</strong>ente contraditória<br />

para ser historicamente superável, sendo que a contradição não é necessariamente<br />

exógena (no caso do CENEP, a <strong>de</strong>manda cada vez maior <strong>de</strong> pacientes, a falta <strong>de</strong><br />

profissionais, a <strong>de</strong>smotivação dos professores para comparecimento às reuniões), mas<br />

também endógena como atritos/afetivida<strong>de</strong>, críticas/respeito, falta <strong>de</strong><br />

amadurecimento/experiência; <strong>de</strong>sorganização/planejamento.<br />

Enfim, a afirmação <strong>de</strong> D<strong>em</strong>o (1983, p.87) que “ a dialética acredita que a<br />

contradição mora <strong>de</strong>ntro da realida<strong>de</strong>. Não é <strong>de</strong>feito. É marca registrada. É isto que a faz<br />

um constante vir-a–ser, um processo interminável, criativo e irrequieto. Ou seja, que a<br />

faz histórica”, reflete b<strong>em</strong> o ambulatório do TDAH do CENEP. Muitas contradições<br />

endógenas e exógenas se faz<strong>em</strong> presentes, contudo, o trabalho produz resultados<br />

muito bons e está se tornando um centro <strong>de</strong> referência, o que confirma o quanto o<br />

processo dialético presente na realida<strong>de</strong> é marca <strong>de</strong> uma historicida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> geral, muito<br />

bonita.<br />

b) Relação com os pais/familiares e com a escola<br />

Em geral, a relação dos profissionais do CENEP seja com a família, seja com a<br />

escola é muito pequena, restringindo-se à momentos <strong>de</strong> consulta, intervalos entre<br />

atendimentos e <strong>de</strong>volutivas, com algumas exceções. Segu<strong>em</strong>-se alguns trechos dos<br />

relatos dos próprios investigados:<br />

C1- Antigamente era feito informalmente, porque os pais traz<strong>em</strong> os filhos para o atendimento<br />

então você conversa com os pais antes ou <strong>de</strong>pois do atendimento, e se tá grave, não quero<br />

conversar um minutinho, a gente resolve as coisas ali no dia a dia; mas quando a C10 chegou<br />

aqui no hospital há 1 ano e meio se não me engano, que ela trouxe essa proposta <strong>de</strong> reunião, nós<br />

achamos assim que ia ser maravilhoso porque ia trabalhar diretamente com aquelas dificulda<strong>de</strong>s<br />

mas não assim não é o psicopedagogo do teu filho que está falando para você, é um outro<br />

profissional que está mostrando generalizado a situação, não vai pegar no seu pé, não vai tocar<br />

<strong>em</strong> ponto importante.

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