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Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...

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e constataram que o medicamento mostrou-se seguro e efetivo no controle dos<br />

sintomas do TDAH.<br />

Note-se que, se por um lado os medicamentos <strong>de</strong> liberação prolongada e<br />

controlada facilitam a a<strong>de</strong>são ao tratamento farmacológico (uma vez que para o sujeito<br />

com déficit <strong>de</strong> atenção tomar o medicamento várias vezes ao dia representa uma<br />

dificulda<strong>de</strong>), por outro lado, o custo <strong>de</strong>stes medicamentos está muito distante das<br />

condições econômicas da população brasileira, principalmente das famílias das crianças<br />

que estudam <strong>em</strong> escola pública.<br />

Embora pareça contraditório o uso <strong>de</strong> estimulantes para crianças hiperativas,<br />

“essas medicações estimulam a função das áreas cerebrais responsáveis pelo<br />

comportamento inibitório e por isso ten<strong>de</strong>m a melhorar o “freio inibitório”” (ROHDE;<br />

BENCZIK, 1999, p.67), ou seja, os estimulantes aumentam a disponibilida<strong>de</strong> dos<br />

neurotransmissores que parec<strong>em</strong> estar <strong>de</strong>ficitários nessas áreas.<br />

Andra<strong>de</strong> e Scheur (2004, p.83) relatam que, <strong>em</strong> estudo sobre a análise da eficácia<br />

do metilfenidato, todas as crianças avaliadas apresentaram algum tipo <strong>de</strong> melhora clínica<br />

tanto na avaliação psiquiátrica quanto na percepção <strong>de</strong> pais e professores; o fator que<br />

apresentou melhoras mais significativas foi a hiperativida<strong>de</strong>, mas a atenção e a<br />

impulsivida<strong>de</strong> também tiveram alteração para melhor após a medicação.<br />

Quando os estimulantes não apresentam bons resultados ou provocam efeitos<br />

colaterais que inviabiliz<strong>em</strong> o seu uso, o médico po<strong>de</strong> receitar, entre outros,<br />

anti<strong>de</strong>pressivos tríciclicos ou clonidina. ( MATTOS, 2005, p.152; ROTTA; FREIRE, 2005,<br />

p.159; BENCZIK, 2000, p.99; SCHWARTZMAN, 2001, p.81).<br />

O uso do medicamento, contudo, ainda é uma questão polêmica quando se fala<br />

<strong>em</strong> TDAH. Em primeiro lugar, pelos seus possíveis efeitos colaterais (perda <strong>de</strong> apetite,<br />

insônia, irritabilida<strong>de</strong>, cefaléia, dores abdominais, entre outros. Segundo Cypel,<br />

Se a resposta terapêutica for boa e os efeitos colaterais <strong>de</strong>sprezíveis ou ausentes, a medicação<br />

po<strong>de</strong>rá ser usada por um t<strong>em</strong>po in<strong>de</strong>terminado. Como regra geral, a prescrição medicamentosa<br />

<strong>de</strong>verá ser mantida enquanto persistir<strong>em</strong> as manifestações clínicas. O uso <strong>de</strong>verá ser contínuo,<br />

s<strong>em</strong> interrupções, mesmo nos períodos <strong>de</strong> férias escolares. Não há até o presente momento<br />

referências à drogadição. ( CYPEL, 2003, p.84).<br />

Em segundo lugar, pela questão relacionada à interrupção do medicamento nos<br />

finais <strong>de</strong> s<strong>em</strong>ana, Roh<strong>de</strong> e Benczick (1999, p. 69) refer<strong>em</strong> que esta interrupção po<strong>de</strong> ser

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