07.02.2015 Views

Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...

Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...

Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

82<br />

relação das pessoas; assim, pesquisador e pesquisado estão <strong>em</strong> processo <strong>de</strong><br />

transformação e aprendizag<strong>em</strong> durante o processo <strong>de</strong> pesquisa (FREITAS, 2002, p.25).<br />

Neste sentido, consi<strong>de</strong>rando-se como objeto <strong>de</strong>sta pesquisa o papel da interação<br />

social na aprendizag<strong>em</strong> do aluno TDAH, admite-se que a abordag<strong>em</strong> qualitativa é a mais<br />

a<strong>de</strong>quada para sua melhor compreensão.<br />

Neste estudo, esta abordag<strong>em</strong> t<strong>em</strong> caráter (natureza) <strong>de</strong>scritivo- participativo. A<br />

literatura refere a utilização <strong>de</strong> vários termos para a natureza participante da pesquisa,<br />

no entanto <strong>em</strong>bora ocorra a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> termos, o caráter da pesquisa se mantém ,<br />

conforme po<strong>de</strong>mos perceber <strong>em</strong> o que nos aponta Brandão:<br />

“Observação participante” “Investigação Alternativa”, “Pesquisa Participante”, “investigação<br />

Participativa”, “Auto-senso”, “Pesquisa Popular”, “Pesquisa dos Trabalhadores”, “Pesquisa-<br />

Confronto”...O leitor atento <strong>de</strong>ve ter percebido que <strong>de</strong> escrito para escrito mudam os nomes<br />

daquilo que, na verda<strong>de</strong>, proce<strong>de</strong> <strong>de</strong> origens, práticas e preocupações muito próximas e parece<br />

apontar para um mesmo horizonte. (BRANDÃO, 1984, p.15).<br />

Segundo Freitas (2002, p.28) “ a observação não se <strong>de</strong>ve limitar à pura <strong>de</strong>scrição<br />

e fatos singulares, o seu verda<strong>de</strong>iro objetivo é compreen<strong>de</strong>r como uma coisa ou<br />

acontecimento se relaciona com outras coisas e acontecimentos.” Assim:<br />

A observação é, nesse sentido, um encontro <strong>de</strong> muitas vozes: ao se observar um evento, <strong>de</strong>parase<br />

com diferentes discursos verbais, gestuais e expressivos. São discursos que reflet<strong>em</strong> e refratam<br />

a realida<strong>de</strong> da qual faz<strong>em</strong> parte, construindo uma verda<strong>de</strong>ira tessitura da vida social. O enfoque<br />

sócio-histórico é que principalmente ajuda o pesquisador a ter essa dimensão da relação do<br />

singular com a totalida<strong>de</strong>, do individual com o social. (FREITAS, 2002, p.29).<br />

Para Triviños (1987, p.125) a pesquisa participante ( ou participativa) presta-se<br />

melhor ao enfoque dialético, histórico-estrutural porque t<strong>em</strong> por objetivo principal<br />

transformar a realida<strong>de</strong> que se estuda.<br />

Segundo Vasconcelos (2002, p.81), na pesquisa participante, pesquisadores e<br />

grupos humanos investigados conviv<strong>em</strong> intimamente e por período <strong>de</strong> média ou longa<br />

duração, com o objetivo do pesquisador interpretar (fazendo parte do grupo) sua cultura<br />

e subjetivida<strong>de</strong>, havendo a necessida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>sconstrução e reelaboração da<br />

subjetivida<strong>de</strong> do pesquisador permitindo que este tenha acesso compreensivo da<br />

subjetivida<strong>de</strong> e cultura do outro. Não há, contudo, participação do grupo humano na<br />

gestão do trabalho investigativo do pesquisador.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!