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Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...

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Teoria da violência simbólica <strong>de</strong> Pierre Bourdieu (1930-2002) e Jean-Clau<strong>de</strong><br />

Passeron (1930) – admite que a violência simbólica está presente a todo po<strong>de</strong>r que<br />

impõe significações como legítimas, dissimulando as relações <strong>de</strong> força que estão na<br />

base <strong>de</strong> sua própria força; a partir <strong>de</strong>sta idéia, os autores situam a ação pedagógica<br />

institucionalizada (o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> ensino) como imposição arbitrária da cultura dos grupos<br />

ou classes dominantes aos grupos ou classes dominadas. (SAVIANI, 1999, p.29-30).<br />

Para os autores, “a função da educação é a <strong>de</strong> reprodução das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais”<br />

(SAVIANI, 1999, p.31) contribuindo, assim, para a reprodução social.<br />

Teoria da escola dualista <strong>de</strong> Christian Bau<strong>de</strong>lot (1938) e Roger Establet (1938)<br />

admite que apesar da aparência unitária e unificadora da escola, ela é dividida <strong>em</strong> duas<br />

gran<strong>de</strong>s re<strong>de</strong>s que correspon<strong>de</strong>m à divisão da socieda<strong>de</strong> capitalista: a burguesia e o<br />

proletariado. Segundo Saviani (1999, p.39), estes autores enten<strong>de</strong>m a escola como um<br />

instrumento da burguesia na luta i<strong>de</strong>ológica contra o proletariado cuja i<strong>de</strong>ologia t<strong>em</strong><br />

orig<strong>em</strong> e existência fora da escola. Dessa forma, ao invés <strong>de</strong> ser um instrumento <strong>de</strong><br />

equalização social, a escola é marginalizadora, já que não possibilita ao trabalhador o<br />

acesso à cultura burguesa e ainda o arranca do movimento proletário externo à escola.<br />

Estas teorias não contêm uma proposta pedagógica, mas preocupam-se <strong>em</strong><br />

evi<strong>de</strong>nciar o mecanismo <strong>de</strong> funcionamento da escola; além disso não oferec<strong>em</strong> subsídio<br />

para que o professor atue <strong>de</strong> forma crítica, já que este se encontra s<strong>em</strong>pre no âmbito da<br />

reprodução das relações <strong>de</strong> produção, e conforme Saviani ( 1986, p.16) afirma, quanto<br />

mais o educador ignora que está reproduzindo, mais eficazmente ele reproduz.<br />

Neste sentido, buscou-se uma saída teórica para esse impasse, ou seja, a busca<br />

<strong>de</strong> teorias críticas não-reprodutivistas.<br />

4.1.3 Teorias críticas não- reprodutivistas<br />

Várias teorias inclu<strong>em</strong>-se entre as teorias críticas não-reprodutivistas como, por<br />

ex<strong>em</strong>plo, a pedagogia libertária <strong>em</strong> que existe uma vinculação entre educação e luta,<br />

tendo a educação o objetivo <strong>de</strong> combater a ignorância e a miséria, b<strong>em</strong> como ser<br />

instrumento <strong>de</strong> atuação política e social contra as injustiças, as formas <strong>de</strong> opressão e<br />

exploração. A pedagogia libertadora t<strong>em</strong> como inspirador Paulo Freire (1921-1997) e t<strong>em</strong><br />

como pressupostos a educação probl<strong>em</strong>atizadora, o conhecimento da realida<strong>de</strong>, o

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