Projetos e práticas de formação de professores - Relatos - Unesp
Projetos e práticas de formação de professores - Relatos - Unesp
Projetos e práticas de formação de professores - Relatos - Unesp
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Projetos</strong> e <strong>práticas</strong> <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong> <strong>professores</strong> - <strong>Relatos</strong><br />
150<br />
* As dimensões apresentadas por Placco e Silva (técnico-científica, <strong>formação</strong><br />
continuada, trabalho coletivo, dos saberes para ensinar, crítico-reflexiva e avaliativa): <strong>de</strong>staco<br />
particularmente as dimensões <strong>de</strong> <strong>formação</strong> continuada e dos saberes para ensinar:<br />
- A dimensão da <strong>formação</strong> continuada: refere-se ao aspecto <strong>de</strong> a <strong>formação</strong><br />
provocar “motores” que levem o formando a administrar sua própria <strong>formação</strong> contínua, tendo a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar pesquisando, refletindo sobre sua área <strong>de</strong> conhecimento, buscando<br />
novas informações, analisando-as e incorporando-as à sua <strong>formação</strong> básica;<br />
- A dimensão dos saberes para ensinar: dimensão que abrange diversos<br />
ângulos, dos quais se ressaltam a importância do conhecimento produzido pelo professor sobre<br />
os alunos; o conhecimento sobre finalida<strong>de</strong>s e utilização dos procedimentos didáticos; o<br />
conhecimento sobre os aspectos afetivo-emocionais; o conhecimento sobre os objetivos<br />
educacionais visando aos compromissos como cidadão e profissional;<br />
* Almeida enten<strong>de</strong> que as diretrizes para <strong>formação</strong> <strong>de</strong> <strong>professores</strong> <strong>de</strong>vem<br />
referir-se a “um projeto <strong>de</strong> <strong>formação</strong> que os consi<strong>de</strong>re como o homem que, antes <strong>de</strong> ser profissional,<br />
é uma pessoa integral.”<br />
* A autora explicita que ao falar da <strong>formação</strong> <strong>de</strong> <strong>professores</strong>, está falando<br />
tanto da <strong>formação</strong> inicial como da continuada. Enten<strong>de</strong> que a <strong>formação</strong> inicial é o primeiro momento<br />
da <strong>formação</strong> continuada e que esta, portanto, não é apenas uma etapa <strong>de</strong> atualização daquela; ou<br />
seja, todos nós temos um percurso <strong>de</strong> <strong>formação</strong> profissional que começa na <strong>formação</strong> inicial e se<br />
prolonga por toda a vida. “A experiência como aluno, não apenas nos cursos <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>professores</strong>, mas ao longo <strong>de</strong> toda a sua trajetória escolar, é constitutiva da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> profissional<br />
do professor.”<br />
* Conclui Almeida (2002) que as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relacionamento interpessoal,<br />
“o olhar atento”, “o ouvir ativo” e o “falar autêntico”, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidas pelo professor, ao<br />
mesmo tempo em que os alunos também as <strong>de</strong>senvolvem. Esse <strong>de</strong>senvolvimento é possível por<br />
meio do exercício cotidiano do “olhar”, do “ouvir” e do “falar” , como habilida<strong>de</strong> que vai além do que<br />
se vê como aparência, que consegue captar o que está por trás da fala.<br />
* Canário (1998) enfatiza a <strong>formação</strong> centrada principalmente na escola,<br />
argumentando que os saberes adquiridos pelo professor pela e na experiência <strong>de</strong>vem ser<br />
valorizados, dando-se um papel central ao sujeito que apren<strong>de</strong> em lugar <strong>de</strong> atribuí-lo ao formador.<br />
Enfatiza ainda, que a passagem:<br />
“... <strong>de</strong> uma lógica da reciclagem para uma lógica da recursivida<strong>de</strong>, só<br />
se torna possível a partir do momento em que o exercício<br />
contextualizado do trabalho passa a ser o referente principal das<br />
<strong>práticas</strong> e modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>formação</strong>, quer inicial, quer contínua.”<br />
(Canário, 1998, p.13)<br />
IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE FORMAÇÃO DE EDUCADORES - 2007<br />
UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA DE GRADUAÇÃO