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Projetos e práticas de formação de professores - Relatos - Unesp

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<strong>Projetos</strong> e <strong>práticas</strong> <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong> <strong>professores</strong> - <strong>Relatos</strong><br />

24<br />

Po<strong>de</strong>mos comparar a situação dos educadores à <strong>de</strong> remadores, no<br />

porão <strong>de</strong> uma galera. Todos estão suados <strong>de</strong> tanto remar e se<br />

congratulam uns com os outros pela velocida<strong>de</strong> que conseguem<br />

imprimir ao barco. Há apenas um problema: ninguém sabe para on<strong>de</strong><br />

vai o barco, e muitos evitam a pergunta alegando que este problema<br />

está fora da alçada <strong>de</strong> sua competência (1981, p. 86).<br />

Naquele momento inicial, não víamos nas falas e posturas das coor<strong>de</strong>nadoras,<br />

todas as características levantadas por Vasconcellos (2003), como necessárias para se constituir<br />

um educador transformador: conhecimento; <strong>de</strong>sejo; sentido (consciência da falta).<br />

Quando se parte da idéia do professor como sujeito <strong>de</strong> trans<strong>formação</strong>, nota-se que<br />

uma das primeiras transformações necessárias é ele acreditar na possibilida<strong>de</strong> da mudança<br />

(VASCONCELLOS, 2003, p. 76). Desta forma, constatamos que teríamos que pensar <strong>de</strong>tidamente<br />

estratégias que possibilitassem a conquista do vínculo; vínculo esse que passasse pelas questões<br />

afetivas, mas que transitasse necessariamente pela partilha <strong>de</strong> um sonho comum com aquelas<br />

coor<strong>de</strong>nadoras, teríamos que pensar em estratégias metodológicas para a condução dos nossos<br />

encontros, que possibilitassem que aquelas educadoras vivessem uma mudança não retórica,<br />

ou como um salto radical que <strong>de</strong>sapropria o outro <strong>de</strong> sua segurança e prática e coloca o outro na<br />

condição <strong>de</strong> não sujeito, mas uma trans<strong>formação</strong> possível que mobiliza <strong>de</strong>sejos e concepções<br />

(SILVA, 2003).<br />

6.1 A escolha da metodologia<br />

Enquanto educadoras, as estratégias metodológicas que nos pareceram mais<br />

eficientes diante das características do grupo, dos conteúdos, e <strong>de</strong> nossa concepção <strong>de</strong> educação,<br />

foram as aprendidas enquanto alunas <strong>de</strong> Juliana Davini e Madalena Freire no Espaço Pedagógico.<br />

Estratégias como avaliação, pauta, ponto <strong>de</strong> observação, síntese... e que passamos a analisar a<br />

seguir o ganho que nos possibilitou cada uma <strong>de</strong>las:<br />

O uso da avaliação, que nessa concepção <strong>de</strong> educação representa olhar o outro<br />

em seu processo afetivo, cognitivo, social (DAVINI, 1997), nos gerou cumplicida<strong>de</strong> porque permitiu<br />

que as coor<strong>de</strong>nadoras se vissem notadas, pu<strong>de</strong>ram perceber que os encontros eram planejados<br />

a partir e com elas e não simplesmente a partir <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>al pré-estabelecido.<br />

Usar a pauta para organizar nossos encontros possibilitou o exercício da<br />

organização e partilha do encontro com as coor<strong>de</strong>nadoras, tornando-as também sujeito do<br />

processo, porém, representou a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> prática a ser adotado<br />

em suas <strong>práticas</strong> enquanto educadoras que são em seus grupos.<br />

O uso das epígrafes reflexivas – pequenos excertos retirados <strong>de</strong> textos,<br />

representaram uma ferramenta po<strong>de</strong>rosa <strong>de</strong> reflexão teórica e ilustrativa da prática pedagógica.<br />

Adotar o ponto <strong>de</strong> observação (P.O.), como estratégia <strong>de</strong> avaliação gerou a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> cada encontro pensando: a valida<strong>de</strong> dos conteúdos trabalhados<br />

para aquele grupo; a posição pessoal <strong>de</strong> cada educando dos pontos <strong>de</strong> vista afetivo, cognitivo e<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE FORMAÇÃO DE EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA DE GRADUAÇÃO

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