12.04.2013 Views

Projetos e práticas de formação de professores - Relatos - Unesp

Projetos e práticas de formação de professores - Relatos - Unesp

Projetos e práticas de formação de professores - Relatos - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Projetos</strong> e <strong>práticas</strong> <strong>de</strong> <strong>formação</strong> <strong>de</strong> <strong>professores</strong> - <strong>Relatos</strong><br />

pertenceram durante longos anos, visto que tinham por principal objetivo garantir os cuidados às<br />

crianças <strong>de</strong> zero a seis anos, da população <strong>de</strong> baixa renda, enquanto suas mães trabalhavam.<br />

20<br />

Desta forma, as instituições <strong>de</strong> Educação Infantil (creches e pré-escolas) passam<br />

a compor a Educação Básica, juntamente com os Ensinos Fundamental e Médio. Em caráter<br />

complementar, a Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases da Educação (LDB), <strong>de</strong> 1996, na Seção II, Da Educação<br />

Infantil, reconhece a Educação Infantil como primeira etapa da Educação Básica, a ser oferecida<br />

em creches ou entida<strong>de</strong>s equivalentes, para crianças <strong>de</strong> até três anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (BRASIL, 1996).<br />

Sem dúvida, situar a Educação Infantil na Educação Básica, trouxe um gran<strong>de</strong> avanço.<br />

Assim, Cerisara (2002, p. 2) assevera:<br />

Na passagem das creches para as secretarias <strong>de</strong> educação dos<br />

municípios está articulada a compreensão <strong>de</strong> que as instituições <strong>de</strong><br />

educação infantil têm por função educar e cuidar <strong>de</strong> forma indissociável<br />

e complementar das crianças <strong>de</strong> 0 a 6 anos. A crítica em relação às<br />

propostas <strong>de</strong> trabalho com as crianças pequenas, que se<br />

dicotomizavam entre educar e assistir, levou à busca da sua superação<br />

em direção a uma proposta menos discriminadora, que viesse aten<strong>de</strong>r<br />

às especificida<strong>de</strong>s que o trabalho com crianças <strong>de</strong> 0 a 6 anos exige<br />

na atual conjuntura social <strong>de</strong> educar e cuidar, sem que houvesse uma<br />

hierarquização do trabalho a ser realizado, seja pela faixa etária (0 a 3<br />

anos ou 3 a 6 anos), ou ainda pelo tempo <strong>de</strong> atendimento na instituição<br />

(parcial ou integral), seja pelo nome dado à instituição (creches ou<br />

pré-escolas).<br />

Dado o primeiro passo legal em direção ao reconhecimento <strong>de</strong> paradigmas<br />

educativos no atendimento das crianças, principalmente nas creches, nasce um novo <strong>de</strong>safio, o<br />

problema da falta <strong>de</strong> financiamento que a lei não previa e claro, sem recursos financeiros garantidos<br />

por lei, ficou muito difícil para os municípios se a<strong>de</strong>quarem para aten<strong>de</strong>r à gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda com<br />

a necessária qualida<strong>de</strong> e com o caráter educativo que a partir <strong>de</strong> então assumiu.<br />

2.1 DO FINANCIAMENTO<br />

Com a Lei 4.924, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1996, que criou o Fundo <strong>de</strong> Manutenção e<br />

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e <strong>de</strong> Valorização do Magistério (FUNDEF), a União criou<br />

um sistema <strong>de</strong> redistribuição <strong>de</strong> recursos, a idéia constituiu-se na “[...] criação <strong>de</strong> um Fundo <strong>de</strong><br />

natureza contábil, no âmbito <strong>de</strong> cada Estado, cuja distribuição <strong>de</strong> recursos fosse automática, <strong>de</strong><br />

acordo com o número <strong>de</strong> alunos matriculados em cada re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino fundamental[...]”<br />

(SEMEGHINI, 2001, p. 4). Assim, pô<strong>de</strong>-se, ainda que com severas críticas <strong>de</strong> seus opositores,<br />

redistribuir e se garantir políticas pouco mais eficientes controle social dos gastos, maior<br />

transparência e autonomia.<br />

As críticas direcionadas ao FUNDEF questionavam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seu caráter neo-liberal;<br />

<strong>de</strong>finição do custo aluno-ano, política que “[...] acabou nivelando o custo aluno ano por baixo[...]”<br />

(CNTE, 2004, p. 2); redução <strong>de</strong> ofertas <strong>de</strong> vagas e redução <strong>de</strong> custo aluno-ano na Educação<br />

IX CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE FORMAÇÃO DE EDUCADORES - 2007<br />

UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - PRO-REITORIA DE GRADUAÇÃO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!