Dissertação - Mariana dos Reis Santos - Faculdade de Educação ...
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Os principais obstáculos a serem removi<strong>dos</strong> po<strong>de</strong>m ser simplifica<strong>dos</strong> em<br />
dois problemas: o fato que gran<strong>de</strong>s instituições <strong>de</strong> prestígio são públicas<br />
(que por isso, ocupam os melhores “nichos” do mercado) e <strong>de</strong> que as<br />
regulamentações do ensino superior é nacional. Essa realida<strong>de</strong> diversa<br />
teria <strong>de</strong> ser mudada. Combater o público é crucial para abrir o mercado<br />
superior - o nível indubitavelmente mais atraente para os negócios - esta<br />
matriculada em instituições públicas, os investidores passam a sustentar<br />
que os “subsídios públicos” a essas universida<strong>de</strong>s são uma forma <strong>de</strong><br />
concorrência <strong>de</strong>sleal em relação aos investidores externos. (LEHER, ob.<br />
cit., p. 2, grifos do autor)<br />
Diante da presente formulação, é possível constatar que o público se torna<br />
um gran<strong>de</strong> obstáculo para o mercado superior privado, na medida em que<br />
representa a preferência <strong>de</strong> muitos investidores públicos. Po<strong>de</strong>mos concluir qual<br />
união <strong>de</strong> interesses econômicos estão em jogo na resposta <strong>de</strong> Gabriel Mario<br />
Rodrigues, que diz que: “Não po<strong>de</strong> haver distinções entre setores públicos e<br />
priva<strong>dos</strong>, ou seja, sem a união <strong>dos</strong> interesses nunca conseguiremos superar os<br />
obstáculos”, <strong>de</strong> modo que o setor privado <strong>de</strong> ensino superior, em convênio com<br />
outros países, possam concorrer em total igualda<strong>de</strong> com o setor público, como se<br />
to<strong>dos</strong> fossem nacionais.<br />
Nesse sentido, não é por acaso que notamos a menção comparativa <strong>de</strong><br />
Gabriel Moraes Rodrigues aos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> como exemplo <strong>de</strong> educação a ser<br />
seguida: “os EUA, nação mais rica do planeta, sempre pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>stinar<br />
investimentos expressivos à educação”. Leher (ob. cit., p.5) também explica que os<br />
Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> e a OMC sempre se empenharam na difusão <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> que a<br />
universida<strong>de</strong> pública, com seu mo<strong>de</strong>lo “humboldtiano”, é incompatível com a<br />
realida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> países periféricos, reforçando recomendações para o ensino superior,<br />
como diferenciação institucional (instituições não necessariamente <strong>de</strong> caráter<br />
universitário) e a cobrança <strong>de</strong> mensalida<strong>de</strong>s. Assim, Gabriel Moares Rodrigues<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo norte-americano <strong>de</strong> educação, objetivando ressaltar esse novo<br />
padrão <strong>de</strong> internacionalização <strong>de</strong> capital, que se traduz através da “comodificação<br />
da educação”