13.04.2013 Views

Dissertação - Mariana dos Reis Santos - Faculdade de Educação ...

Dissertação - Mariana dos Reis Santos - Faculdade de Educação ...

Dissertação - Mariana dos Reis Santos - Faculdade de Educação ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

153<br />

Os principais obstáculos a serem removi<strong>dos</strong> po<strong>de</strong>m ser simplifica<strong>dos</strong> em<br />

dois problemas: o fato que gran<strong>de</strong>s instituições <strong>de</strong> prestígio são públicas<br />

(que por isso, ocupam os melhores “nichos” do mercado) e <strong>de</strong> que as<br />

regulamentações do ensino superior é nacional. Essa realida<strong>de</strong> diversa<br />

teria <strong>de</strong> ser mudada. Combater o público é crucial para abrir o mercado<br />

superior - o nível indubitavelmente mais atraente para os negócios - esta<br />

matriculada em instituições públicas, os investidores passam a sustentar<br />

que os “subsídios públicos” a essas universida<strong>de</strong>s são uma forma <strong>de</strong><br />

concorrência <strong>de</strong>sleal em relação aos investidores externos. (LEHER, ob.<br />

cit., p. 2, grifos do autor)<br />

Diante da presente formulação, é possível constatar que o público se torna<br />

um gran<strong>de</strong> obstáculo para o mercado superior privado, na medida em que<br />

representa a preferência <strong>de</strong> muitos investidores públicos. Po<strong>de</strong>mos concluir qual<br />

união <strong>de</strong> interesses econômicos estão em jogo na resposta <strong>de</strong> Gabriel Mario<br />

Rodrigues, que diz que: “Não po<strong>de</strong> haver distinções entre setores públicos e<br />

priva<strong>dos</strong>, ou seja, sem a união <strong>dos</strong> interesses nunca conseguiremos superar os<br />

obstáculos”, <strong>de</strong> modo que o setor privado <strong>de</strong> ensino superior, em convênio com<br />

outros países, possam concorrer em total igualda<strong>de</strong> com o setor público, como se<br />

to<strong>dos</strong> fossem nacionais.<br />

Nesse sentido, não é por acaso que notamos a menção comparativa <strong>de</strong><br />

Gabriel Moraes Rodrigues aos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> como exemplo <strong>de</strong> educação a ser<br />

seguida: “os EUA, nação mais rica do planeta, sempre pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>stinar<br />

investimentos expressivos à educação”. Leher (ob. cit., p.5) também explica que os<br />

Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> e a OMC sempre se empenharam na difusão <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> que a<br />

universida<strong>de</strong> pública, com seu mo<strong>de</strong>lo “humboldtiano”, é incompatível com a<br />

realida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> países periféricos, reforçando recomendações para o ensino superior,<br />

como diferenciação institucional (instituições não necessariamente <strong>de</strong> caráter<br />

universitário) e a cobrança <strong>de</strong> mensalida<strong>de</strong>s. Assim, Gabriel Moares Rodrigues<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo norte-americano <strong>de</strong> educação, objetivando ressaltar esse novo<br />

padrão <strong>de</strong> internacionalização <strong>de</strong> capital, que se traduz através da “comodificação<br />

da educação”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!