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Dissertação - Mariana dos Reis Santos - Faculdade de Educação ...

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marcado na educação pelas recomendações mundiais <strong>dos</strong> organismos<br />

internacionais aos países da América Latina, incentivando reformas educacionais<br />

nos cursos <strong>de</strong> licenciatura e Pedagogia. Assim, o Ministério da <strong>Educação</strong> propôs<br />

DCN para todas as graduações que representavam, principalmente para o<br />

professor, um conjunto <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e valores basea<strong>dos</strong> nas novas competências<br />

para a educação. Termino o capítulo explicitando como foi o período <strong>de</strong> proposição<br />

das DCN (1999), até a homologação <strong>de</strong> 2006.<br />

No segundo capítulo apresento brevemente o histórico do Conselho Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> <strong>Educação</strong> e a sua dinâmica <strong>de</strong> organização. Evi<strong>de</strong>ncio a sustentação teórica que<br />

balizará parte do trabalho, através da relação entre as categorias gramscianas<br />

Estado e socieda<strong>de</strong> civil (Gramsci,1971). Coutinho (1989) explica que o Brasil viveu<br />

um processo <strong>de</strong> “oci<strong>de</strong>ntalização”, no qual o peso da socieda<strong>de</strong> civil na conformação<br />

do Estado integral se amplia. Contudo, isso não se <strong>de</strong>u <strong>de</strong> modo <strong>de</strong>mocrático,<br />

constituindo-se numa revolução “pelo alto”, através <strong>de</strong> acor<strong>dos</strong> feitos com (e entre)<br />

as frações dominantes. Em suma, contextualizando o objeto com as categorias<br />

gramscianas, observamos que o Conselho Nacional <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> exerceu a função<br />

<strong>de</strong> forjar um consenso entre a concepção docente fundamentada pela ANFOPE e as<br />

forças privatistas, mas ao custo da ressignificação da proposta original da ANFOPE,<br />

nos termos discuti<strong>dos</strong> na presente dissertação, notadamente no capítulo 3.<br />

No terceiro capítulo, faço uma “garimpagem” nos documentos da ANFOPE e<br />

suas principais discussões <strong>de</strong> formação da base comum nacional iniciadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1983 até 1998. É indiscutível observar que a entida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1980, até<br />

os anos 1990, manteve-se contun<strong>de</strong>nte nas suas posições políticas e acadêmicas.<br />

O conteúdo <strong>dos</strong> documentos possuía bases do campo marxista, <strong>de</strong>nunciando a<br />

formação alienada e fragmentada <strong>dos</strong> sujeitos (docentes e estudantes). O<br />

documento do encontro <strong>de</strong> 1998 da entida<strong>de</strong> se configurou num texto confuso,<br />

marcado por contradições políticas. A base comum nacional já assume sustentações<br />

teóricas mais fluidas e pouco sólidas empiricamente, distanciando-se das bases<br />

marxistas. A entida<strong>de</strong> já <strong>de</strong>monstra preocupações em aten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>mandas<br />

educacionais <strong>de</strong> professores na escola pública reforçadas pelo MEC e assume um<br />

discurso mais conciliatório e menos crítico às políticas educacionais vigentes. O que<br />

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