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Dissertação - Mariana dos Reis Santos - Faculdade de Educação ...

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<strong>de</strong>mandas sociais e consolidando limites jurídicos e legislativos para a <strong>de</strong>mocracia<br />

formal. Esse movimento por sua vez, incentivou um sentimento <strong>de</strong> conformação<br />

social ao projeto <strong>de</strong> inter<strong>de</strong>npendência no período fordista/<strong>de</strong>senvolvimentista<br />

nestes países mais pobres, conduzindo maiores ações <strong>de</strong> colaboração social até a<br />

década <strong>de</strong> 80.<br />

A proposição keynesiana, articulada com o fordismo, aprofundou o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do modo <strong>de</strong> produção capitalista, levando-o a um nível mais<br />

complexo <strong>de</strong> organização econômica e social, envolvendo em seu momento<br />

histórico, as dimensões da ciência, vida e trabalho.<br />

Com a crise do petróleo na década <strong>de</strong> 1970, os países ficaram endivida<strong>dos</strong> e<br />

começaram incentivar uma política mundial <strong>de</strong> “liberalização do capital e do<br />

trabalho”. Para Melo (2004, p. 72), as reformas e ajustes do FMI e Banco Mundial<br />

impostas pelos países credores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1970 traziam nas suas intenções, obrigações<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentos para a realização <strong>de</strong> políticas sociais compensatórias com o<br />

objetivo <strong>de</strong> diminuir as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, indo em direção ao esperado<br />

progresso econômico <strong>dos</strong> outros países <strong>de</strong> primeiro mundo.<br />

Dessa forma, o autor se refere aos “pacotes” como um conjunto <strong>de</strong> reformas<br />

que os países periféricos haveriam <strong>de</strong> cumprir mediante o cumprimento <strong>de</strong> uma<br />

agenda <strong>de</strong> “governação para o século XXI” O Estado assumiu novas funções na<br />

realização <strong>de</strong>ssas políticas, assumindo “processo <strong>de</strong> estabilização, privatização,<br />

reforma trabalhista e reforma previ<strong>de</strong>nciária”. (THORP apud MELO, 2002, p. 72)<br />

enfatiza que o Estado aparece para os países mais “pobres” como gestor das<br />

compensações. O Estado é mínimo, mas capaz <strong>de</strong> garantir tanto a execução <strong>de</strong> um<br />

relacionamento social com a or<strong>de</strong>m social, estabelecendo uma preocupação<br />

constante com reformas que diminuam o empobrecimento <strong>dos</strong> países. Nesse<br />

sentido, a presença <strong>de</strong> “novos atores sociais” atuando na mesma linguagem do<br />

Banco Mundial surge como uma saída para a ineficiência do Estado, visto como<br />

obsoleto e pesado por muitos e sem agilida<strong>de</strong> para a condução <strong>de</strong> reformas sociais<br />

eficazes. A presença <strong>de</strong>sses novos sujeitos é tão reconhecida pelo Banco Mundial<br />

como por instituições e associações <strong>de</strong> caráter econômico na condução <strong>de</strong> diversas<br />

políticas sociais.<br />

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