Estela

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(A tumba é fenda de crivado cemitério Onde cai, grão obscuro em tenebroso campo, O pavoroso turbilhão das almas.) Esse campo tenebroso é a Noite. As almas o atravessam para passar de um mundo para outro. Esses mundos são os átomos do corpo do Universo. Temos sob os olhos uma grande unidade viva. – E que é a morte? – A morte é a porta pela qual a alma chega ao seu destino. Já viste alguma vez um morto? Que inefável sorriso no seu descansado semblante! Não é apenas o repouso dos músculos e dos nervos, no dizer dos médicos. Existe algo mais, uma expressão de alívio da vida, de contentamento íntimo, de desdém pela matéria, de um estado transcendente, que resta na fisionomia logo após a partida da alma. Desprendendo-se, já entreviu a luz etérea. É uma impressão análoga à que o aeronauta experimenta em balão quando chega acima das nuvens: sai do escuro, do espesso, do lodoso, e, encontrando-se de repente em uma luz embriagadora, frui uma alegria penetrante que o enche de felicidade. Não desejaria mais tornar a descer. Assim, e mais desprendida ainda, cintila a alma ao sair desta vida. Em um instante viu a luz, e a impressão permanece por muito tempo sobre o semblante inanimado, enquanto o luto e as lágrimas rodeiam o defunto de lúgubre aparato. A vida é igual a um sonho. As realidades que acreditamos ver em torno de nós não passam de aparências mentirosas: a Astronomia, a Física e a Química o provam. Durante a vida não temos consciência de nossas existências anteriores, de igual modo que, em sonho, não nos lembramos de nossos sonhos precedentes. Mas, saindo desta vida, nos desprendemos do véu sensual e nos lembramos do passado. O astrônomo se deteve, contemplando silenciosamente a magnífica noite estrelada. Depois, de súbito, voltando-se para a companheira. – Olha! exclamou, esqueci-me de dizer-te que amanhã, à noite, há uma brilhante reunião no Cassino de Luchon. A Comédia
Francesa deve representar uma excelente peça. É uma ocasião raríssima. Queres ir? – Rafael! exclamou <strong>Estela</strong>, fechando-lhe a boca com a mão, não zombes da tua mulherzinha. Vem falar-me no teatro dos homens, quando temos este diante de nós!
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www.autoresespiritasclassicos.com C
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Sumário Prefácio ................
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Prefácio Encontram-se na vida, cer
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I Depois do baile Chegando ao apose
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Foi um sonho estonteante para ela,
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Descobriu os braços cuja alvura se
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II O mundo e a Igreja Estela d'Ossi
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torno do Sol e em vinte quatro hora
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nomia; a terceira, de temperamento
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tos; muitos dispunham de cem mil; a
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- Enganai-vos. Ele deixa oitocentos
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- Além disso, ele é da linha mais
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não é por mim que o digo, vós o
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- Não compreendo que mulheres se c
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- Por que não vos fazeis eleger de
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IV Esponsais mundanos Estela e o du
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Os tempos em que, cheios da embriag
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E preludiou lentamente. Depois cant
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(Os lábios e o coração são taç
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atravessa a mão no sentido da larg
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icicleta, e que mudou bruscamente a
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V No domínio do desconhecido Certa
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de agradar-lhe, não o abandonava e
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ater a hora do jantar e foi preciso
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tendem para um mesmo ponto do globo
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entre outras, a história da beatif
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estava vivo, e assim continuou, enq
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VI Senhorita Eva Estela penetrou no
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A CIÊNCIA A RELIGIÃO Primeira ép
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cópia estava curtíssima. Seu conf
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vossos deveres; segui os mandamento
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parte da França trinta bilhões).
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“Começamos a reconhecer o erro d
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Sentiu então sua alma expandir-se
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espírito. Porém, sob essa mentali
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senão uma expressão suficientemen
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- O primeiro, o primeiro... replico
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- E que se fez com o rum? - A crôn
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divertidas. A ignorância desses jo
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contradita, o mais célebre. Encont
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VIII Os Pirineus Essas leituras, es
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tes, mais desertos, mais arborizado
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mesa cerca de cinqüenta mercadores
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IX Crítica e discussão Na manhã
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pode assemelhar-se à nossa, mas po
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propriedade do cérebro, tanto no h
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- E eu tenho uma recriminação mui
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tem disso provas irrecusáveis, e
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Nesse momento abriram-se as portas
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X O Solitário No depois de amanhã
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com felicidade, e desde então se e
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te vestido com uma simples japona d
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O Conde de Noirmoutiers tomara luga
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- Sou do seu parecer, disse o senho
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de todas as afetadas convenções q
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XI O céu estrelado Estela voltara
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seus raios de ouro; Vega da Lira du
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- E eu que fui deputado, aparteou o
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etornou vencedor e encontrou Bereni
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pobre cristalino já descorado pela
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fantásticas dos mundos iluminados
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XII Os outros mundos Alguns dias de
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- Olhai senhor, disse, o planeta es
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- E onde vê o segundo? - Por baixo
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pensam igual a nós, melhor do que
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- Pensando em todos esses mundos in
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- As estações lá são as mesmas
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algum; a segunda ainda lhe fora bas
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XIII Estela a Cecília (1ª carta)
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ta, com os seus anéis, seu bracele
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XIV Cecília a Estela (1ª carta)
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XV Estela a Cecília (2ª carta)
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seja um sinal de sensualidade. Mas
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sua pele alvíssima. Pois bem: seu
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XVII Estela a Cecília (3ª carta)
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XVIII A fagulha Para a manhã segui
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gue à sua observação astronômic
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jamais sonhara em amor; imaginava-s
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Parecia-lhe inaceitável que a mulh
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- Há três meses que estou aqui, e
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XIX Duque e duquesa Enquanto esses
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Paris senão para fazer preparativo
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formal no dia seguinte. Após uma d
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XX A ciência, a honra e o amor Alg
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aptidões hereditárias, todo o seu
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que seria melhor abrir uma vala e c
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Estando certo de ganhar honestament
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dessemelhantes? Sabeis, em verdade,
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XXI Heróica abnegação Na manhã
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A Lua silenciosa iluminava a paisag
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iluminava o aposento. Reviu, em vis
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- Sim, a miséria. Não tenhas dúv
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Algumas vezes também, durante a no
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- Se fosse razoável, não seria am
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encadernada em pergaminho, que traz
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dade de enxergar permanecendo absor
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Naquela noite, pela primeira vez o
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vivo, que, dos pés à cabeça, apa
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XXIV A vida de casal À noite, o eq
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traçar esses croquis, corporifican
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Page 297: Si l’on fait une chute Et qu’on
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