24.12.2018 Views

Código Tributário Nacional - Hugo de Brito Machado Segundo - 2017

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

próprio software que auxilia o contribuinte a preencher a <strong>de</strong>claração já faça o cálculo da forma<br />

mais vantajosa para ele, indicando-a, po<strong>de</strong> ocorrer, e no passado isso era ainda mais comum, <strong>de</strong><br />

o contribuinte, por <strong>de</strong>satenção, optar pela forma <strong>de</strong> tributação mais onerosa. Em casos assim,<br />

enten<strong>de</strong> o Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça, não há direito à restituição: “[...] A opção pela<br />

<strong>de</strong>claração na forma completa ou simplificada é exclusiva do contribuinte, sendo possível<br />

alterar a escolha até o fim do prazo para entrega da <strong>de</strong>claração. Ultrapassado esse prazo, a<br />

escolha menos favorável não constitui motivo para a retificação, pois não se trata <strong>de</strong> erro na<br />

edificação do sujeito passivo, na <strong>de</strong>terminação da alíquota aplicável, na elaboração ou<br />

conferência <strong>de</strong> qualquer documento relativo ao pagamento e muito menos erro no cálculo do<br />

montante do débito. 4. Ainda que a escolha do formulário tenha sido menos vantajosa ao<br />

contribuinte, inexiste direito à restituição com amparo no art. 165 do CTN, se não se tratar <strong>de</strong><br />

pagamento in<strong>de</strong>vido [...]” (STJ, 2 a T., REsp 860.596/CE, DJe <strong>de</strong> 21/10/2008).<br />

7. CSLL e base <strong>de</strong> cálculo do IR – “A inclusão do valor da contribuição social sobre o lucro<br />

na sua própria base <strong>de</strong> cálculo, bem como na do Imposto <strong>de</strong> Renda, não vulnera o conceito <strong>de</strong><br />

renda constante do art. 43 do CTN. [...] Legalida<strong>de</strong> da Lei nº 9.316/96 que, no art. 1º, parágrafo<br />

único, vedou a <strong>de</strong>dução da contribuição social para configuração do lucro líquido ou contábil”<br />

(STJ, 2 a T., REsp 661.089/PB, Rel. Min. Eliana Calmon, j. em 2/2/2006, DJ <strong>de</strong> 6/3/2006, p.<br />

320).<br />

Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilida<strong>de</strong> 1 a que se refere o art. 43,<br />

sem prejuízo <strong>de</strong> atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores<br />

<strong>de</strong> renda ou dos proventos tributáveis. 2<br />

Parágrafo único. A lei po<strong>de</strong> atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis<br />

a condição <strong>de</strong> responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam. 3, 4, 5<br />

ANOTAÇÕES<br />

1. Contribuinte do imposto <strong>de</strong> renda – Sendo o fato gerador do imposto <strong>de</strong> renda a aquisição<br />

<strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> econômica ou jurídica <strong>de</strong> renda ou <strong>de</strong> proventos <strong>de</strong> qualquer natureza, o<br />

contribuinte <strong>de</strong>sse imposto não po<strong>de</strong> ser outra pessoa que não o beneficiário dos rendimentos,<br />

vale dizer, a pessoa (física ou jurídica) que adquire a citada disponibilida<strong>de</strong>.<br />

2. Possuidor <strong>de</strong> bens produtores <strong>de</strong> renda – Para <strong>Hugo</strong> <strong>de</strong> <strong>Brito</strong> <strong>Machado</strong>, a faculda<strong>de</strong> a que<br />

alu<strong>de</strong> a parte final do caput do art. 45 do CTN, que para ele não <strong>de</strong>veria existir, “tem por fim<br />

possibilitar a tributação <strong>de</strong> rendimentos em consi<strong>de</strong>ração à <strong>de</strong>nominada teoria da fonte. Se a<br />

renda ou os proventos foram pagos por fonte brasileira, aí então a lei consi<strong>de</strong>ra contribuinte a<br />

fonte. Nestes casos, em verda<strong>de</strong>, o imposto está incidindo sobre uma <strong>de</strong>spesa, e não sobre uma<br />

renda” (Curso <strong>de</strong> Direito <strong>Tributário</strong>, 16. ed., São Paulo: Malheiros, 1999, p. 249). É o caso,<br />

por exemplo, <strong>de</strong> quando a legislação atribui responsabilida<strong>de</strong> pelo imposto <strong>de</strong> renda a quem<br />

efetua pagamentos a beneficiários domiciliados no exterior, vez que estes beneficiários não são<br />

contribuintes do imposto no Brasil, e, portanto, não po<strong>de</strong>riam ensejar a responsabilida<strong>de</strong> da<br />

fonte, nos termos do art. 121, II, do CTN.<br />

3. Responsabilida<strong>de</strong> da fonte pagadora – A responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que cuida o parágrafo único

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!