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9701414/9701415 Tradução do inglês - Esaf

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terceiro lugar, indaga-se em que condições a introdução de novas restrições aos instrumentos<br />

tributários disponíveis, além das restrições padrão no contexto de second best, efetivamente<br />

respaldam as recomendações ótimas. Finalmente, um exemplo mostra que na presença de<br />

restrições à tributação há espaço para a aplicação de políticas suplementares — por exemplo,<br />

o racionamento e as filas — que em geral são descartadas como inferiores na análise das<br />

soluções ótimas.<br />

A defesa de vários tributos pequenos<br />

A perda de eficiência de um imposto seletivo de consumo sobre um bem aumenta em<br />

progressão geométrica com a alíquota <strong>do</strong> imposto. Se as elasticidades cruzadas da demanda<br />

em relação aos preços de outros produtos forem suficientemente pequenas — quan<strong>do</strong><br />

comparadas às elasticidades em relação ao próprio preço — para serem desprezadas, então o<br />

sistema tributário que arrecada um certo nível de receita tributária com um mínimo de perda<br />

de eficiência tributará to<strong>do</strong>s os bens possíveis, a uma alíquota baixa. É preciso ainda ajustar<br />

esse resulta<strong>do</strong> em função das considerações de eqüidade e exeqüibilidade administrativa, e<br />

da importância de diversas relações de substituição e complementaridade entre os bens.<br />

Eficiência da produção numa economia distorcida<br />

É certo que a eficiência em matéria de produção é desejável num universo ótimo:<br />

quan<strong>do</strong> a produção não é eficiente, é possível aumentar a produção de to<strong>do</strong>s os bens e<br />

distribuir o superávit para aumentar o bem-estar. Uma questão importante que se apresenta<br />

em situações de second best consiste em determinar em que condições a eficiência da<br />

produção deve ser mantida. Ou seja: quan<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> pode provocar distorções na produção<br />

por intermédio da tributação diferenciada <strong>do</strong>s fatores conforme seu uso (por exemplo,<br />

taxan<strong>do</strong> os serviços de capital nos setores societário e não societário a alíquotas diferentes),<br />

caso seja esta a solução ótima? Ocorre que em determinadas condições induzir à ineficiência<br />

da produção não é a solução ótima. 74 Quan<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> dispõe de flexibilidade suficiente em<br />

matéria de tributação tanto para introduzir uma cunha qualquer entre os preços ao produtor e<br />

ao consumi<strong>do</strong>r em cada merca<strong>do</strong> quanto para tributar o lucro puro de todas as empresas, a<br />

eficiência da produção é desejável. Quan<strong>do</strong> essas condições não são cumpridas, convém<br />

taxar os insumos emprega<strong>do</strong>s na produção <strong>do</strong>s bens não tributáveis, como forma de tributar<br />

esses bens indiretamente.<br />

Quan<strong>do</strong> se mantêm as condições de eficiência da produção, o resulta<strong>do</strong> tem<br />

implicações importantes. Primeiro, não se deve taxar os bens intermediários. Segun<strong>do</strong>, numa<br />

economia aberta, o comércio com o resto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> pode ser considera<strong>do</strong> como outra<br />

74 Ver Diamond e Mirrlees (1971).

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