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9701414/9701415 Tradução do inglês - Esaf

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preços quan<strong>do</strong> o país detém o monopsônio <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s de importação. A “tarifa ótima” é<br />

determinada, neste contexto, pela ponderação <strong>do</strong>s benefícios (receita pública e lucros<br />

priva<strong>do</strong>s) e <strong>do</strong>s custos (distorções internas e má alocação <strong>do</strong>s recursos). Analogamente, os<br />

países que possuem o oligopólio de um recurso natural podem melhorar suas relações de<br />

troca restringin<strong>do</strong> ou tributan<strong>do</strong> as exportações. O resto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, porém, seria prejudica<strong>do</strong>.<br />

Todavia, as pequenas economias atuantes no comércio internacional, como por exemplo a<br />

maioria <strong>do</strong>s países em desenvolvimento, não têm perspectivas de melhorar seu próprio bemestar<br />

por meio da aplicação de políticas de tarifa ótima. Ademais, uma “nova teoria <strong>do</strong><br />

comércio” postula que as economias de escala e os fatores externos provocam um declínio<br />

contínuo <strong>do</strong>s custos médios e, portanto, os maiores produtores tendem a estar em vantagem<br />

frente aos menores. Os produtores que obtêm controle inicial de uma grande parcela <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong> são capazes de forçar os competi<strong>do</strong>res a saírem <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, o que por sua vez<br />

resulta em tarifas retaliatórias. A formulação de políticas comerciais estratégicas, contu<strong>do</strong>,<br />

exige conhecimento profun<strong>do</strong> de muitos detalhes <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s mundiais, que muitas vezes<br />

não estão ao alcance das pequenas economias que participam <strong>do</strong> comércio internacional.<br />

A estrutura tributária legal não dá uma medida direta <strong>do</strong> nível de proteção<br />

proporciona<strong>do</strong> a um bem importável mediante a imposição de uma tarifa de importação.<br />

A “proteção efetiva” pode ser bastante diferente da “proteção nominal”. Uma tarifa sobre a<br />

importação de um bem eleva seu preço interno e o protege da concorrência internacional.<br />

O nível de proteção normalmente é expresso como porcentagem <strong>do</strong> preço internacional. Se a<br />

tarifa assume a forma de um imposto ad valorem proporcional ao valor da importação, sua<br />

alíquota mede a taxa nominal de proteção. Se a tarifa é específica, a taxa nominal de proteção<br />

corresponde à tarifa dividida pelo preço <strong>do</strong> bem, líqui<strong>do</strong> da tarifa. A taxa nominal de<br />

proteção, porém, nem sempre é um bom indica<strong>do</strong>r da proteção verdadeira, pois só leva em<br />

conta o preço <strong>do</strong> produto acaba<strong>do</strong>. Caso a tarifa seja aplicada a produtos intermediários, ela<br />

aumentará o preço <strong>do</strong>s insumos internos e, por conseguinte, reduzirá a proteção verdadeira<br />

ou efetiva que desfrutam os produtores nacionais. Portanto, a proteção depende da magnitude<br />

<strong>do</strong> valor agrega<strong>do</strong>. De fato, a taxa de proteção efetiva pode ser definida como o montante<br />

pelo qual o valor agrega<strong>do</strong> a um setor, a preços internos, supera o valor agrega<strong>do</strong> ao setor a<br />

preços internacionais, expresso como porcentagem deste último. As taxas de proteção efetiva<br />

e nominal de um setor podem ser muito díspares. Em se tratan<strong>do</strong> de regime de comércio<br />

exterior, a neutralidade significa que as taxas de proteção são iguais para to<strong>do</strong>s os setores<br />

produtores de bens comerciáveis, tanto de exportação como de importação. Para mantê-la,<br />

poder-se-ia inclusive pensar em tarifas elevadas, embora estas sejam altamente distorcivas.<br />

Assim, a neutralidade de um regime comercial não é um indica<strong>do</strong>r da perda de eficiência<br />

decorrente de políticas protecionistas. Escolano examina mais detidamente estes aspectos<br />

conceituais.<br />

Reforma Tarifária: Direitos de Importação e Exportação<br />

Nos últimos anos, as recomendações de política econômica em matéria de reforma<br />

comercial, sobretu<strong>do</strong> no contexto <strong>do</strong>s programas de ajustamento apoia<strong>do</strong>s pelo FMI e pelo<br />

Banco Mundial, têm da<strong>do</strong> ênfase à necessidade de reduzir as tarifas aduaneiras médias e a

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