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9701414/9701415 Tradução do inglês - Esaf

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merca<strong>do</strong> livre representar um processo justo pelo qual se realizam a produção e o<br />

intercâmbio, a função de redistribuição que caberia à tributação simplesmente desaparece.<br />

Supon<strong>do</strong> que se tencione usar o critério mais tradicional — o <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> final — resta<br />

ainda o problema de determinar sua dimensão temporal correta. A renda deveria ser medida<br />

num determina<strong>do</strong> intervalo de tempo, digamos, um ano, ou em forma intertemporal, por<br />

exemplo durante toda a vida da pessoa, ou mesmo através das gerações, quan<strong>do</strong> diferentes<br />

gerações estiverem vinculadas por meio de lega<strong>do</strong>s? As conseqüências de diversas políticas<br />

tributárias em termos de eqüidade diferem amplamente em função da perspectiva a<strong>do</strong>tada em<br />

relação aos temas precedentes.<br />

A determinação da igualdade de tratamento tributário<br />

Tal como acontece com a definição da igualdade entre indivíduos, a igualdade de<br />

tratamento tributário também pode ser determinada de várias maneiras. O critério mais geral<br />

consiste em avaliar a igualdade de sacrifício líqui<strong>do</strong> de utilidade pessoal como resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

tributo, ou seja, a diferença entre o sacrifício bruto e os benefícios recebi<strong>do</strong>s por meio <strong>do</strong>s<br />

gastos públicos financia<strong>do</strong>s pela receita tributária. Isto requer não apenas uma comparação<br />

interpessoal de utilidades, mas também um méto<strong>do</strong> de medição <strong>do</strong>s benefícios provenientes<br />

da despesa pública, tarefa que, na presença de fatores externos ou daqueles que se beneficiam<br />

sem assumir nenhuma carga, ou de ambos, é muito difícil, se não impossível.<br />

Mesmo quan<strong>do</strong> se utiliza uma especificação muito mais estrita, como a baseada<br />

inteiramente no valor nominal <strong>do</strong>s pagamentos de tributos, que é facilmente mensurável, a<br />

medição pode ser feita com base em diversos critérios. Por exemplo, a igualdade de<br />

tratamento fiscal deve ser medida em termos absolutos ou relativos (por exemplo, em relação<br />

à renda)? Caso a base escolhida seja a relativa, deve-se utilizar uma taxa média ou marginal?<br />

Não é possível prosseguir na avaliação da eqüidade sem antes tomar uma decisão quanto a<br />

esses temas.<br />

Princípios tributários<br />

Existem <strong>do</strong>is princípios tributários comuns, porém fundamentalmente diferentes, para<br />

avaliar a eqüidade de um sistema tributário. O primeiro é o princípio <strong>do</strong> benefício, segun<strong>do</strong> o<br />

qual os indivíduos devem pagar tributos em função <strong>do</strong> benefício que obteriam <strong>do</strong>s programas<br />

de despesa pública a serem financia<strong>do</strong>s mediante a receita tributária. Este princípio é<br />

coerente com a eqüidade horizontal e vertical, uma vez que as pessoas que recebem<br />

benefícios iguais (diferentes) serão tributadas de forma idêntica (diferenciada). Também<br />

implica, indiretamente, que a tributação não representaria para qualquer pessoa um sacrifício<br />

líqui<strong>do</strong> de serviços públicos.<br />

Além da dificuldade óbvia em medir os benefícios provenientes <strong>do</strong>s gastos públicos,<br />

conforme já assinala<strong>do</strong>, a aplicação <strong>do</strong> princípio <strong>do</strong> benefício vincula a política fiscal<br />

exclusivamente à de gastos públicos. Embora em determinadas circunstâncias possa servir de

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