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9701414/9701415 Tradução do inglês - Esaf

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um monopolista que elevará os preços de mo<strong>do</strong> a assegurar lucros, o que conduz a um<br />

fornecimento subótimo <strong>do</strong> produto em questão. A produção de um produto desse tipo pelo<br />

governo pode atingir a eficiência se a taxa de usuário <strong>do</strong> bem for estabelecida no nível <strong>do</strong>s<br />

custos marginais. Porém, como essa precificação vai conduzir a um prejuízo, o governo tem<br />

de financiar sua produção por meio da arrecadação geral ou subsidiar a produção privada<br />

para assegurar um resulta<strong>do</strong> ótimo. Os críticos argumentam que ao avaliar a otimalidade de<br />

um mecanismo desse tipo é preciso levar em conta o excesso de carga associa<strong>do</strong> com a<br />

geração de receita para o subsídio. Além disso, ressaltam que a produção governamental<br />

raramente ocorreria ao custo mínimo e também reduziria a pressão competitiva para a<br />

redução <strong>do</strong>s custos e o aperfeiçoamento tecnológico por meio de inovações. Na prática,<br />

provavelmente é difícil traçar a linha divisória entre bens públicos excluíveis e bens priva<strong>do</strong>s<br />

produzi<strong>do</strong>s em um monopólio natural (por exemplo, ro<strong>do</strong>vias).<br />

Como corolário, o exposto acima sugere quais bens ou serviços não precisariam<br />

necessariamente ser submeti<strong>do</strong>s a taxas de usuário. Se um certo bem ou serviço for forneci<strong>do</strong><br />

com base no mérito, isto é, o governo quer que os serviços sejam consumi<strong>do</strong>s em um grau<br />

mais eleva<strong>do</strong> <strong>do</strong> que o seriam a preços de merca<strong>do</strong> (mesmo na ausência de externalidades<br />

positivas de consumo importantes), a aplicação de taxas de usuário economicamente<br />

eficientes seria contraproducente. Os países em desenvolvimento talvez tenham de enfrentar<br />

este problema em numerosos programas governamentais visan<strong>do</strong> à melhoria de setores<br />

sociais, como a educação. Cobrar preços de custo pela educação primária muitas vezes<br />

colocará em risco a consecução de metas sociais; cobrar pela educação superior, entretanto,<br />

pode conduzir a uma alocação mais eficiente de recursos e aumentar a eqüidade. Seguin<strong>do</strong> o<br />

mesmo raciocínio, taxas de usuário também são impróprias quan<strong>do</strong> certos bens ou serviços<br />

são forneci<strong>do</strong>s com um propósito de redistribuição, isto é, quan<strong>do</strong> a idéia for fornecer certos<br />

bens ou serviços em espécie (por exemplo, cupons de alimentação, ou food stamps) para<br />

atingir um certo nível de redistribuição de renda; naturalmente, uma redistribuição desse tipo<br />

seria compensada cobran<strong>do</strong> taxas de usuário <strong>do</strong>s beneficiários. O efeito geralmente adverso<br />

das taxas de usuário sobre a redistribuição não ocorrera se estas incidirem sobre bens ou<br />

serviços com alta elasticidade em relação à renda (bens de luxo). Entretanto, a visão<br />

prevalecente nas finanças públicas é que esse tipo de redistribuição se faz melhor por<br />

intermédio de subsídios de renda <strong>do</strong> que de benefícios em espécie.<br />

Nos países em desenvolvimento, é comum a ocorrência de situações em que o<br />

governo fornece um bem ou serviço priva<strong>do</strong> que não está sujeito a problemas de monopólio<br />

natural. A visão prevalecente é que os objetivos de receitas e despesas orçamentárias, assim<br />

como a eficiência econômica global, serão mais bem servi<strong>do</strong>s pela privatização <strong>do</strong><br />

fornecimento <strong>do</strong> bem ou serviço em questão. Os defensores <strong>do</strong> uso de taxas de usuário nessas<br />

circunstâncias acentuam que, em muitos casos, os recursos necessários para o êxito da<br />

privatização talvez não estejam prontamente disponíveis.<br />

Impostos e Taxas de Usuário

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