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9701414/9701415 Tradução do inglês - Esaf

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· o montante de juros a pagar nos termos <strong>do</strong> contrato de empréstimo não se<br />

relaciona com os lucros da empresa ou com alguma outra medida de seu desempenho.<br />

Nos últimos anos, as autoridades fiscais de muitos países vêm se preocupan<strong>do</strong> cada<br />

vez mais com a “capitalização insuficiente” de certas subsidiárias estrangeiras que operam<br />

em seus territórios, nos casos em que a relação capital/recursos direta ou indiretamente<br />

empresta<strong>do</strong>s por outras companhias <strong>do</strong> mesmo grupo ultrapassa a proporção que se poderia<br />

considerar normal com base no princípio da independência das partes. A primeira barreira<br />

contra a capitalização insuficiente deve ser um imposto reti<strong>do</strong> na fonte sobre os juros pagos a<br />

estrangeiros, mas há outras medidas possíveis. Alguns países (como a Bélgica e a Itália)<br />

julgam o grau de insuficiência da capitalização subjetivamente, caso a caso. Outros países<br />

(como Austrália, Canadá, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Espanha, França e Japão) introduziram um<br />

critério objetivo em sua legislação na forma de um coeficiente máximo dívida/capital que<br />

certas empresas devem obedecer para que lhes seja permitida a dedução plena <strong>do</strong>s<br />

pagamentos de juros da dívida. Na regulamentação introduzida nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s no final<br />

de 1989, por exemplo, a dedutibilidade <strong>do</strong>s juros fica ameaçada se o coeficiente<br />

dívida/capital ultrapassar 1,5:1 no final <strong>do</strong> exercício.<br />

Na prática, regras anti-evasão deste tipo podem ser difíceis de administrar. Também é<br />

oportuno observar que, ocasionalmente, tais regras podem criar novas oportunidades de<br />

abuso. No Reino Uni<strong>do</strong>, no final <strong>do</strong>s anos 80, por exemplo, certas empresas sem lucros<br />

correntes tributáveis consideraram vantajoso ter seus pagamentos de juros classifica<strong>do</strong>s<br />

como dividen<strong>do</strong>s para fins tributários. Com a inclusão no contrato de empréstimo de uma<br />

relação clara (mas superficial) entre o montante de juros a pagar e os lucros da empresa, elas<br />

conseguiam tirar proveito das disposições “anti-evasão” da legislação <strong>do</strong> imposto de renda<br />

para chegar a este resulta<strong>do</strong>.<br />

Concepções Alternativas de Financiamento por Endividamento<br />

O fato de os sistemas de imposto de renda da pessoa jurídica da maioria <strong>do</strong>s países<br />

dispensarem tratamento mais favorável aos pagamentos de juros <strong>do</strong> que aos pagamentos de<br />

dividen<strong>do</strong>s não significa necessariamente que esses sistemas contenham um viés favorável<br />

ao financiamento de novos investimentos mediante a tomada de empréstimos. Este assunto<br />

tem da<strong>do</strong> margem a uma certa polêmica.<br />

A dificuldade básica vem <strong>do</strong> fato de as empresas serem capazes de obter, em um<br />

determina<strong>do</strong> momento, financiamento por meio de participação no capital de diferentes<br />

maneiras — pela emissão de novas ações ou pela retenção de lucros que seriam usa<strong>do</strong>s para<br />

pagar dividen<strong>do</strong>s (ou talvez para recomprar ações, em países em que isto é permiti<strong>do</strong> pela<br />

legislação societária). Quan<strong>do</strong> os lucros são reti<strong>do</strong>s, o valor de merca<strong>do</strong> da empresa aumenta<br />

como resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> aumento de seus ativos. A remuneração <strong>do</strong> acionista, na forma de ganho<br />

de capital acumula<strong>do</strong>, geralmente é tributada a uma alíquota efetiva muito mais baixa <strong>do</strong> que

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