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9701414/9701415 Tradução do inglês - Esaf

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propostas de impostos ambientais foram feitas em nível internacional ten<strong>do</strong> em mente, em<br />

parte, esta preocupação. Por exemplo, a Comunidade Européia propôs a introdução de um<br />

imposto sobre o carbono em diversos países participantes, mas sua implantação depende de<br />

outros países importantes introduzirem medidas com efeito comparável. Esses acor<strong>do</strong>s<br />

internacionais são inevitavelmente difíceis de finalizar.<br />

Existe um conflito potencial entre objetivos de receita e metas ambientais. É pouco<br />

provável que um instrumento de política tributária atinja eficientemente os <strong>do</strong>is objetivos.<br />

A natureza da troca possível entre objetivos de receita e metas ambientais varia de um caso<br />

para outro. Por exemplo, se houver graves danos ambientais, a alíquota necessária para<br />

atender os objetivos ambientais talvez seja tão alta que haja uma relação inversa entre a<br />

consecução <strong>do</strong> objetivo de receita e da meta ambiental. Todavia, talvez o caso mais provável<br />

seja o de objetivos de receita que exigem uma alíquota mais elevada <strong>do</strong> que a justificada<br />

pelos objetivos ambientais. Para um determina<strong>do</strong> objetivo de receita, a alíquota deve ser<br />

superior à justificada por considerações ambientais, se a elasticidade tributária for superior a<br />

zero no ótimo ambiental, partin<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> pressuposto de que outros impostos têm custos<br />

sociais. Nessas circunstâncias, pode-se arrecadar um dólar adicional de receita aumentan<strong>do</strong> a<br />

alíquota <strong>do</strong> imposto ambiental e reduzin<strong>do</strong> outras alíquotas, com uma redução líquida nos<br />

custos sociais <strong>do</strong> sistema tributário.<br />

Aumentar os impostos ambientais pode conflitar com os objetivos de eqüidade.<br />

Por exemplo, a literatura empírica ressalva, embora não refute, a percepção comum de que<br />

um imposto sobre o carbono seja regressivo. Os da<strong>do</strong>s brutos para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s<br />

respaldam essa conclusão; a porcentagem de renda despendida no consumo de combustíveis<br />

fósseis é 10,1% no decil inferior de renda contra 1,5% no decil superior. Os da<strong>do</strong>s europeus,<br />

porém, não a corroboram totalmente. Outros fatores sugerem que o imposto talvez não seja<br />

regressivo. Por exemplo, o uso da renda permanente para avaliar a progressividade <strong>do</strong>s<br />

impostos sobre o carbono mostra que o imposto é consideravelmente menos regressivo e, em<br />

diversos países europeus, decididamente não é regressivo. Nos países em desenvolvimento,<br />

fatores institucionais podem significar que um imposto sobre o carbono não seria tão<br />

regressivo como pareceria à primeira vista. A prevalência de controles de preços, que<br />

algumas vezes tornam ilegal a transferência <strong>do</strong>s impostos para o consumi<strong>do</strong>r, somada ao fato<br />

de que a oferta provavelmente seja inelástica com relação aos preços, reduz a perspectiva de<br />

transferência <strong>do</strong> imposto; assim, é mais provável que ele recaia sobre os detentores de capital<br />

e seja, portanto, mais progressivo.<br />

Conclusão<br />

Existem diversos instrumentos políticos para tratar de problemas ambientais que<br />

surgem quan<strong>do</strong> os custos sociais de uma atividade que usa recursos ambientais ultrapassam<br />

os benefícios sociais dessa atividade. Instrumentos econômicos — instrumentos políticos que<br />

usam o mecanismo de preços, tais como impostos e licenças comercializáveis — muitas<br />

vezes são preferi<strong>do</strong>s porque não exigem um caro aparato normativo e encorajam a redução

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