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COLETÂNEA BITEC2008-2010 - CNI

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212 COLETÂNEA BITEC 2008-<strong>2010</strong>objeto, em um quadro referente ao lado esquerdo (olho) e um quadro referente ao lado direito (olho).Usualmente, toma-se como medida da distância média entre os olhos o valor de 65 mm. Todavia paraduas objetivas, com distância de eixos ópticos de 65 mm, a aparência tridimensional melhor se apresentapara objetos próximos situados a até 3 metros de distância das objetivas (LANGFORD, 1990).Para distâncias inferiores a 3 metros, a paralaxe torna-se muito grande dificultando a visualizaçãoda profundidade. Assim, quanto maior for a aproximação de um objeto em relação a duas objetivasposicionadas lado a lado, maior será a paralaxe das imagens produzidas por essas objetivas (LIPTON,1982; MENDIBURU, 2009). É necessário ressaltar que deve ser evitada a convergência dos eixos dasobjetivas para um único ponto, pois, durante a exibição, ela promove o aparecimento de distorçõesde perspectiva ou keystone (WOODS; DOCHERTY, 1993). A solução apresentada para esse problema éa aproximação das objetivas através de suportes de câmeras (Rigs), que utilizem semiespelhos (beanspliters)(MENDIBURU, 2009; WOODS; DOCHERTY, 1993).É necessário extremo cuidado na criação das imagens estereoscópicas, pois distorções indesejadaspodem surgir e causarem nos espectadores náuseas, tonturas, dores de cabeça, entre outros sintomas(UKAI; HOWARTH, 2008). Recomenda-se que essas imagens não possuam diferenças de tamanho, diferençascromáticas e tonais, ou distorções de perspectiva (keystone); e, principalmente, que não possuamnenhuma paralaxe vertical (diferenças verticais entre pontos similares). Recomenda-se ainda que, deforma alguma, a paralaxe positiva provoque nos espectadores a divergência ocular que é o inverso daconvergência.Entende-se por paralaxe positiva a percepção de objetos situados em um plano situado atrásda tela; enquanto por paralaxe negativa entende-se a percepção de objetos situados à frente da tela.A percepção de objetos no plano da tela denomina-se paralaxe zero. Assim, além das recomendações jácitadas, recomenda-se que a paralaxe negativa não seja excessiva, evitando-se excesso de convergênciabinocular. Isso se deve ao fato de que normalmente os olhos, ao convergirem para um objeto situadopróximo ao rosto também executam uma correção da distância focal do cristalino, denominada acomodação.Uma paralaxe negativa excessiva provoca no espectador a acomodação para focalizar objetospróximos ao rosto, causando a desfocalização da imagem projetada na tela.Todas essas questões tem sido objeto de intensas discussões entre os especialistas em 3D e mesmoentre eles existem posições diferenciadas. Considere-se por exemplo as diferenças entre o sistema 3Ddos cinemas IMAX e dos cinemas Real D. Para promover a imersão do espectador nas imagens, o IMAX3D utiliza paralaxes positivas muito pequenas e paralaxes negativas grandes. Já no sistema Real D, a paralaxenegativa e a paralaxe positiva são determinadas por regras matemáticas. A regra mais conhecida éa regra que afirma que a paralaxe não pode exceder 1/30 da largura da tela (VALYUS apud LIPTON, 1982).No entanto, aqui também fica evidente que se a tela tiver grande largura e o espectador estiver muitopróximo da tela poderá ocorrer divergência ocular para determinadas paralaxes positivas. Isto relativizaa utilização daquela regra.Deve-se esclarecer que outras questões relevantes a respeito deste tema não serão tratadas nesteartigo, cujo objetivo principal é a descrição do processo de produção do filme estereoscópico O lago3D, apresentada em seguida.

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