17.04.2013 Views

Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex

Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex

Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

7. Conclusões e discussões 85<br />

7.2 Analisando os resultados<br />

Nesta seção levantaremos alg<strong>um</strong>as questões que po<strong>de</strong>m estar relacionadas com a diferença<br />

entre os resultados esperados e aqueles obtidos com o Método Estocástico. Avaliaremos as<br />

aproximações empregadas na construção da teoria e alguns pontos que julgamos pertinentes<br />

discutir.<br />

7.2.1 Confiabilida<strong>de</strong> nos valores dos parâmetros<br />

O Método Estocástico relaciona o expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> máximo com os parâmetros µ , σ 2<br />

λ<br />

e τ (k)<br />

c . Po<strong>de</strong>mos questionar qual o grau <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> dos resultados obtidos <strong>para</strong> estes<br />

parâmetros no capítulo anterior. Com exceção dos tempos τ (k)<br />

c , obtivemos valores <strong>para</strong> µ<br />

e σ 2<br />

λ<br />

por dois caminhos distintos: cálculos analíticos no ensemble canônico e através <strong>de</strong><br />

simulações com Dinâmica Molecular no ensemble microcanônico. Como observamos nas<br />

figuras 6.1 e 6.3, e nas tabelas 6.1 e 6.2, o acordo entre as simulações e os cálculos analíticos<br />

é muito bom <strong>para</strong> as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s mais baixas, indicando que os resultados <strong>para</strong> µ e σ 2<br />

λ<br />

são confiáveis. Conforme a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> a<strong>um</strong>enta, o acordo diminui, permanecendo bom até<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s próximas à ρ 0 = 0.30. Esta diferença ocorre, como discutimos, em virtu<strong>de</strong> do<br />

emprego da aproximação <strong>para</strong> baixas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s da função <strong>de</strong> distribuição radial nos cálculos<br />

analíticos, a qual, como mostram os gráficos da figura 5.11, trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a aproximação<br />

a<strong>de</strong>quada <strong>para</strong> as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s baixas que analisamos porém não tão apropriada <strong>para</strong> as mais<br />

altas.<br />

Observemos também que o acordo obtido <strong>para</strong> µ e σ 2<br />

λ<br />

nas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s mais baixas<br />

analisadas, on<strong>de</strong> os erros cometidos ao introduzirmos a aproximação analítica <strong>para</strong> g2 (r)<br />

são menores, apóiam a com<strong>para</strong>ção que realizamos entre médias simulacionais no ensem-<br />

ble NV E e médias analíticas no ensemble NV T, indicando que N = 108, juntamente com<br />

as <strong>de</strong>mais técnicas empregadas nas simulações, é <strong>um</strong> número a<strong>de</strong>quado <strong>para</strong> utilizarmos a<br />

equivalência entre os ensembles no cálculo dos parâmetros do nosso sistema. Se <strong>de</strong>sejarmos<br />

resultados precisos <strong>para</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s maiores, <strong>de</strong>veremos lançar mão, no que diz respeito aos<br />

cálculos analíticos, <strong>de</strong> aproximações <strong>para</strong> a função <strong>de</strong> distribuição radial (e <strong>para</strong> a apro-<br />

ximação <strong>de</strong> Kirkwood) válidas neste regime, ou trabalharmos unicamente com resultados<br />

n<strong>um</strong>éricos. Entretanto, estabelecer a valida<strong>de</strong> da equivalência entre os ensembles e <strong>de</strong>termi-<br />

nar até qual valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> é seguro empregar a aproximação <strong>de</strong> g2 (r), nos permite obter<br />

a <strong>de</strong>pendência entre os parâmetros µ e σ 2<br />

λ como função <strong>de</strong> ρ0 . Por outro lado, <strong>de</strong>terminar<br />

<strong>um</strong>a <strong>de</strong>pendência análoga <strong>para</strong> o caso do expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do conhecimento<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong>a forma analítica explícita <strong>para</strong> τ (1)<br />

c , da qual não dispomos.<br />

Para estimarmos a relação λ ∝ ρ 1/3<br />

0 obtida no final do capítulo 6, <strong>de</strong>sprezamos a <strong>de</strong>pendência<br />

<strong>de</strong> τ (1)<br />

c com ρ0 , resultado que é fortemente corroborado pelas simulações: mesmo<br />

<strong>um</strong>a variação na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> por <strong>um</strong> fator <strong>de</strong> 50 não alterou sensivelmente o perfil <strong>de</strong> fc (τ),<br />

como observamos na figura 6.7. Esta in<strong>de</strong>pendência com a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> por parte <strong>de</strong> fc (τ)<br />

e, por conseguinte, dos tempos τ (k)<br />

c po<strong>de</strong> ser interpretada através <strong>de</strong> arg<strong>um</strong>entos simples.<br />

A função <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> nosso interesse <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> exclusivamente das posições, conforme

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!