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Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex

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1. Introdução 3<br />

<strong>um</strong> sistema integrável manifestará comportamento caótico (ver mais <strong>de</strong>talhes no livro <strong>de</strong><br />

Lichtenberg & Liberman [10] e em Hénon [11]).<br />

1.2 Teorias recentes<br />

Uma proposta teórica que se distanciou em parte do espírito presente nas idéias <strong>de</strong> Krylov é a<br />

teoria geométrica apresentada por Casetti, Pettini e colaboradores na década <strong>de</strong> 1990. Nela,<br />

a dinâmica é geometrizada, associando, através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a métrica apropriada, as trajetórias do<br />

sistema dinâmico com geodésicas em <strong>um</strong>a varieda<strong>de</strong> curva (ver revisão em [7,12]). Quando<br />

aplicado à ca<strong>de</strong>ia FPU, o Método Geométrico obteve sucesso ao reproduzir o expoente <strong>de</strong><br />

<strong>Lyapunov</strong> máximo sobre todo o intervalo <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> interesse. Contudo, <strong>para</strong> outros<br />

sistemas o bom resultado não se repetiu [13], levantando questões sobre o limite <strong>de</strong> valida<strong>de</strong><br />

da teoria e sobre alg<strong>um</strong>as hipóteses heurísticas adotadas [1]. O Método Geométrico foi<br />

utilizado por muitos pesquisadores e resultou em inúmeros trabalhos. Sua proposta <strong>de</strong><br />

enten<strong>de</strong>r a origem do comportamento caótico <strong>de</strong> sistemas hamiltonianos geometrizando a<br />

dinâmica é, sem dúvida, bastante ambiciosa e, neste sentido, trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a teoria ab<br />

initio. Porém, as premissas adotadas a fim <strong>de</strong> obter resultados quantitativos retiram o<br />

caráter <strong>de</strong> primeiros princípios da teoria que, como assinalado pelos próprios autores em [7],<br />

não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada sob nenh<strong>um</strong>a perspectiva <strong>um</strong>a teoria fechada. No que concerne<br />

especificamente ao presente trabalho, é oportuno comentarmos que o método geométrico foi<br />

testado com <strong>um</strong>a interação <strong>de</strong> <strong>Lennard–Jones</strong> em [14] sob condições físicas distintas das aqui<br />

utilizadas. Neste trabalho, que não possui o cálculo do expoente como único objetivo, os<br />

autores apresentam o expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> máximo teórico como função da energia mas<br />

não realizam com<strong>para</strong>ção com resultados n<strong>um</strong>éricos.<br />

Outra abordagem, apresentada poucos anos <strong>de</strong>pois, foi a <strong>de</strong>senvolvida por Barnett em sua<br />

tese <strong>de</strong> PHD [15] e que teve continuida<strong>de</strong> com Barnett, Tajima e colaboradores em [16,17].<br />

Todavia, seus resultados obtiveram contun<strong>de</strong>nte objeção [18,19]. A teoria <strong>de</strong>senvolvida por<br />

Barnett compartilha as mesmas bases empregadas na construção do Método Estocástico.<br />

Ambas as teorias são <strong>de</strong> caráter perturbativo bem <strong>de</strong>finido, cujas correções, em princípio,<br />

po<strong>de</strong>m ser avaliadas precisamente. Como resultado final, a teoria <strong>de</strong> Barnett relaciona o<br />

expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> máximo com os autovalores <strong>de</strong> <strong>um</strong>a matriz 4 × 4 cujos elementos<br />

envolvem médias sobre a matriz hessiana <strong>de</strong> interação; o Método Estocástico, por sua vez, o<br />

relaciona com os autovalores <strong>de</strong> <strong>um</strong>a matriz 3×3 cujos elementos também envolvem médias<br />

sobre a hessiana. Os trabalhos <strong>de</strong> Barnett e colaboradores transparecem <strong>um</strong> interesse maior<br />

em <strong>um</strong>a possível conexão entre o expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> máximo e o coeficiente <strong>de</strong> autodifusão<br />

do que com o estudo do expoente em si. Esta abordagem juntamente com a não continuida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> seus trabalhos, a utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong>a notação pouco clara em alguns pontos e <strong>um</strong>a diferença<br />

na forma <strong>de</strong> se realizar a média não nos possibilitou estabelecer <strong>um</strong>a equivalência plena entre<br />

as duas teorias.<br />

Como elemento com<strong>um</strong> ao Método Geométrico <strong>de</strong> Casetti & Pettini, à teoria <strong>de</strong> Barnett<br />

e ao Método Estocástico existe a expansão em c<strong>um</strong>ulantes <strong>de</strong> van Kampen. Sob este prisma,

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