Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex
Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex
Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
3. Método Estocástico 29<br />
da matriz r ab r T ab . No ensemble canônico , po<strong>de</strong>mos escrever:<br />
<br />
f (rab)rab r T <br />
ab<br />
11<br />
=<br />
<br />
f (rab)x 2 <br />
ab<br />
∝<br />
<br />
f (rab) x 2 ab f2q (ra,rb) d 3 ra d 3 rb<br />
sendo f2q (ra,rb) = f2q (rab) (fluido simples) a parte configuracional da função <strong>de</strong> distribuição<br />
reduzida <strong>de</strong> duas partículas. Vamos nos ater no termo mais à direita da equação anterior.<br />
Ao realizarmos a mudança das variáveis <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> ra e rb <strong>para</strong> as coor<strong>de</strong>nadas<br />
relativas rab = ra − rb e <strong>de</strong> centro <strong>de</strong> massa Rab = (ra + rb)/2, e tendo em vista que o<br />
módulo do jacobiano <strong>de</strong>sta transformação é igual a <strong>um</strong>, obtemos:<br />
<br />
f (rab)rab r T <br />
ab<br />
11<br />
=<br />
<br />
f (rab)x 2 <br />
ab<br />
∝<br />
<br />
f (rab) x 2 ab f2q (rab) d 3 rab d 3 Rab<br />
Escrevendo xab = rab cosϕ senθ e d 3 rab = r 2 ab senθ dθ dϕdrab , on<strong>de</strong> θ e ϕ são as coor<strong>de</strong>-<br />
nadas esféricas usuais, a equação anterior fica:<br />
<br />
f (rab) x 2 <br />
ab<br />
∝<br />
<br />
d 3 Rab drab f (rab) r 4 ab f2q (rab)<br />
= 4π<br />
3<br />
<br />
2π π<br />
dϕ<br />
d 3 Rab drab f (rab) r 4 ab f2q (rab) ∝<br />
0<br />
0<br />
dθ cos 2 ϕ sen 3 θ =<br />
<br />
f (rab)r 2 <br />
ab<br />
Proce<strong>de</strong>ndo da mesma maneira com os outros elementos da diagonal, veremos que eles são<br />
iguais, ou seja:<br />
<br />
f (rab) x 2 <br />
ab<br />
=<br />
<br />
f (rab)y 2 <br />
ab<br />
=<br />
<br />
f (rab)z 2 <br />
ab<br />
= 1<br />
<br />
f (rab)r<br />
3<br />
2 <br />
ab<br />
Este resultado está em consonância com as condições físicas do problema <strong>um</strong>a vez que esta-<br />
mos lidando com <strong>um</strong> sistema que possui isotropia rotacional, não havendo, portanto, direção<br />
privilegiada no cálculo das médias ‡ . Arg<strong>um</strong>entos <strong>de</strong> simetria análogos são empregados, por<br />
exemplo, na <strong>de</strong>rivação das proprieda<strong>de</strong>s da distribuição <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Maxwell (ver<br />
Reif [35], entre outros).<br />
Vamos avaliar agora as médias envolvendo os elementos <strong>de</strong> fora da diagonal da ma-<br />
triz rab rT ab . Como antecipado através da equação (3.37), essas médias são nulas. Para<br />
enxergarmos melhor este resultado, consi<strong>de</strong>remos o elemento (1, 2):<br />
<br />
f (rab)rab r T <br />
ab<br />
12<br />
=<br />
<br />
f (rab)xab yab<br />
∝<br />
<br />
f (rab) xab yab f2q (rab) d 3 rab d 3 Rab<br />
Proce<strong>de</strong>ndo como antes, po<strong>de</strong>mos escrever: xab = rab cosϕ senθ e yab = rab senϕ senθ . Ao<br />
fazermos isso, notaremos que a parte angular da integral se anula. O mesmo ocorrendo com<br />
Por motivos técnicos e baseado na equivalência entre os ensembles no limite termodinâmico, nossos<br />
cálculos analíticos serão realizados no ensemble canônico. Ver seção 6.2.<br />
‡ Estamos <strong>de</strong>sprezando efeitos <strong>de</strong> superfície.