Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex
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Capítulo 4<br />
<strong>Gás</strong> <strong>de</strong> <strong>Lennard–Jones</strong><br />
Este capítulo é <strong>de</strong>dicado ao potencial <strong>de</strong> <strong>Lennard–Jones</strong>, o potencial <strong>de</strong> pares esfericamente<br />
simétrico utilizado em nosso trabalho. Discutiremos também as modificações necessárias ao<br />
método n<strong>um</strong>érico empregado nos capítulos subseqüentes.<br />
4.1 Potencial <strong>de</strong> <strong>Lennard–Jones</strong><br />
Embora tenhamos restringido a teoria <strong>de</strong>senvolvida no capítulo 3 a <strong>um</strong> fluido simples, que<br />
é <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo com certo grau <strong>de</strong> i<strong>de</strong>alização (partículas clássicas idênticas, sem estrutura e<br />
interagindo via potencial <strong>de</strong> pares aditivo), usaremos <strong>para</strong> <strong>de</strong>screver a interação entre as<br />
partículas o potencial <strong>de</strong> <strong>Lennard–Jones</strong>, que é largamente empregado em aplicações físicas<br />
reais, tanto em fluidos – líquido ou gás (ver Hansen & McDonald [37] ), como em sólidos<br />
cristalinos (ver Ashcroft & Mermin [38] ). O potencial <strong>de</strong> <strong>Lennard–Jones</strong>, <strong>de</strong>finido pela<br />
seguinte equação:<br />
Φ lj σ 12 (r) = 4ε −<br />
r<br />
<br />
6<br />
σ<br />
r<br />
(4.1)<br />
é fortemente repulsivo a curtas distâncias, atrativo a longas e possui dois parâmetros livres.<br />
A equação (4.1) é <strong>um</strong> resultado semi-empírico: sua parte atrativa, proporcional a r −6 , pos-<br />
sui justificativa teórica, po<strong>de</strong> ser obtida através da Mecânica Quântica aplicada a átomos<br />
neutros e é chamada <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> van <strong>de</strong>r Waals (ver Brans<strong>de</strong>n & Joachain [39], ver<br />
também [40] ), além <strong>de</strong> ir a zero mais rapidamente que r −3 , o que assegura a existência do<br />
limite termodinâmico em três dimensões (ver Ruelle [33] e Tsallis [21] ). A parte repulsiva,<br />
proporcional a r −12 , não possui justificativa teórica, havendo apenas a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu ex-<br />
poente ser maior que 6. O parâmetro constante ε correspon<strong>de</strong> ao valor mínimo do potencial<br />
e 2 1/6 σ dá a se<strong>para</strong>ção entre as partículas neste ponto <strong>de</strong> mínimo (quando Φ lj = 0, r = σ,<br />
ver figura 4.1). Usando 6 e 12 como os expoentes da parte atrativa e repulsiva, respecti-<br />
vamente, as proprieda<strong>de</strong>s termodinâmicas <strong>para</strong> os gases nobres Ne, Ar, Kr e Xe a baixas<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>m ser reproduzidas pelo ajuste dos parâmetros ε e σ usando-se dados ob-<br />
tidos através <strong>de</strong> experimentos <strong>de</strong> espalhamento. Desvios da equação (4.1) em estudos mais<br />
precisos envolvendo gases nobres são discutidos no livro do Hansen & McDonald [37].<br />
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