Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex
Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex
Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
86 7.2. Analisando os resultados<br />
seção 6.5. No regime on<strong>de</strong> a interação entre partículas é predominantemente através <strong>de</strong> co-<br />
lisões binárias, como é o nosso caso e como encontrá-se evi<strong>de</strong>nciado na figura 6.2, esperamos<br />
que a correlação entre posições seja <strong>um</strong>a função da velocida<strong>de</strong> das partículas. A velocida<strong>de</strong>,<br />
por sua vez, na média, só <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da temperatura. Desta forma, mantendo a temperatura<br />
fixa ou aproximadamente fixa, como foram as condições <strong>de</strong> nossas simulações, é esperado<br />
que fc (τ) não <strong>de</strong>penda da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, como <strong>de</strong> fato ocorreu.<br />
Uma questão pertinente a ser levantada diz respeito à qualida<strong>de</strong> do ajuste gaussiano. Até<br />
que ponto o ajuste gaussiano da função <strong>de</strong> correlação afetou os resultados? Po<strong>de</strong>mos respon-<br />
<strong>de</strong>r esta pergunta quantitativamente propondo <strong>um</strong> ajuste mais a<strong>de</strong>quado. Como exemplo,<br />
faremos <strong>um</strong> novo ajuste <strong>para</strong> os dois extremos <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s analisados, o extremo inferior<br />
on<strong>de</strong> ρ 0 = 0.01, e o superior on<strong>de</strong> ρ 0 = 0.50, porém, agora, utilizando <strong>um</strong>a função com dois<br />
parâmetros livres, a e b, <strong>de</strong> acordo com a equação a seguir:<br />
b<br />
fc (τ) = e−aτ (7.1)<br />
Ao realizarmos <strong>um</strong> ajuste que respeite a equação (7.1), per<strong>de</strong>mos as formas analíticas <strong>para</strong> os<br />
tempos τ (k)<br />
c como mostradas em (6.14) e que são válidas apenas <strong>para</strong> <strong>um</strong>a forma funcional<br />
gaussiana. Contudo, po<strong>de</strong>mos obter n<strong>um</strong>ericamente os valores das integrais que fornecem<br />
os tempos τ (k)<br />
c<br />
sem gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s. Na figura 7.2 encontrá-se este novo ajuste <strong>para</strong><br />
os dois extremos <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>. Como po<strong>de</strong>mos observar, a forma funcional (7.1) é capaz <strong>de</strong><br />
reproduzir mais a<strong>de</strong>quadamente o perfil <strong>de</strong> fc (τ), entretanto, lembremos que os parâmetros<br />
que entram no cálculo do expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> são os tempos τ (k)<br />
c , sendo o mais importante<br />
o tempo τ (1)<br />
c e este, como mostrado na tabela 7.1, ass<strong>um</strong>e valores muito próximos em ambos<br />
os ajustes.<br />
Tabela 7.1: Tempo característico τ (1)<br />
c obtido através <strong>de</strong> dois ajustes distintos da função <strong>de</strong><br />
correlação fc (τ) <strong>para</strong> duas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s. O ajuste gaussiano é realizado em função<br />
apenas <strong>de</strong> <strong>um</strong> parâmetro livre: στ. O ajuste não gaussiano, realizado em função<br />
dos parâmetros a e b, resulta em <strong>um</strong> ajuste mais a<strong>de</strong>quado, contudo, o valor <strong>para</strong> o<br />
tempo τ (1)<br />
c que, em última análise, <strong>de</strong>termina o expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong>, permanece<br />
praticamente inalterado.<br />
Ajuste gaussiano: fc (τ) = e −τ 2 /2σ 2 τ Ajuste não gaussiano: fc (τ) = e −aτb<br />
ρ0 στ τ (1)<br />
c a b τ (1)<br />
c<br />
0.01 4.69×10 −2 5.88×10 −2 1.22×10 2 1.77 5.90×10 −2<br />
0.50 4.13×10 −2 5.18×10 −2 0.87×10 2 1.57 5.26×10 −2<br />
Mesmo <strong>de</strong>scartando a qualida<strong>de</strong> do ajuste como origem da diferença observada, po<strong>de</strong>mos<br />
continuar questionando, <strong>um</strong>a vez que não dispomos <strong>de</strong> <strong>um</strong>a estimativa analítica, a confia-<br />
bilida<strong>de</strong> dos valores <strong>para</strong> os tempos τ (k)<br />
c<br />
obtidos da simulação. Aceitando como confiável<br />
o resultado <strong>para</strong> σ 2<br />
λ , po<strong>de</strong>mos avaliar qual o valor <strong>de</strong> <strong>um</strong> possível erro sobre τ(1)<br />
c que nos<br />
levaria a <strong>um</strong> melhor acordo entre teoria e simulação <strong>para</strong> λ. Uma diferença por <strong>um</strong> fator