Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex
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10 2.2. <strong>Expoente</strong> <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> máximo<br />
apenas <strong>um</strong> <strong>de</strong>ntre os 2n valores:<br />
λ1 ≥ λ2 ≥ · · · ≥ λ2n<br />
(2.11)<br />
O conjunto {λi} é chamado <strong>de</strong> espectro <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong>, estando cada λi associado a <strong>um</strong>a<br />
das 2n direções do espaço tangente. O espaço tangente, por sua vez, admite <strong>um</strong>a <strong>de</strong>com-<br />
posição em subespaços lineares:<br />
Tx(0) M = E1 ⊕ E2 ⊕ · · · ⊕ E2n<br />
<strong>de</strong> tal forma que <strong>um</strong> vetor inicial ξ 0 pertencente a Ei crescerá exponencialmente com o<br />
expoente λi (ou se contrairá, caso λi < 0).<br />
Os expoentes <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> não são <strong>um</strong>a exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistemas hamiltonianos, po<strong>de</strong>m<br />
ser <strong>de</strong>finidos <strong>para</strong> sistemas dinâmicos genéricos e <strong>para</strong> mapas. Contudo, existem proprieda<strong>de</strong>s<br />
importantes no espectro <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> que são particulares <strong>de</strong> sistemas hamiltonianos. Como<br />
exemplo, temos a simetria: λi = −λ2n−i+1, que resulta da estrutura simplética das equações<br />
<strong>de</strong> Hamilton (2.2). A soma sobre todo o espectro está relacionada com a taxa <strong>de</strong> expansão<br />
do vol<strong>um</strong>e do espaço <strong>de</strong> fases. Sendo δV (t) este vol<strong>um</strong>e, po<strong>de</strong>-se mostrar que:<br />
δV (t) = δV (0) exp<br />
<br />
t<br />
2n<br />
λi<br />
i =1<br />
<br />
como sistemas hamiltonianos são conservativos, no sentido <strong>de</strong> Liouville, o vol<strong>um</strong>e é preser-<br />
vado durante a evolução: δV (t) = δV (0), acarretando λi = 0 (ver mais <strong>de</strong>talhes no livro<br />
<strong>de</strong> Lichtenberg & Liberman [10] ).<br />
2.2 <strong>Expoente</strong> <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> máximo<br />
O expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> <strong>de</strong>finido através do limite (2.10) po<strong>de</strong> ser calculado analiticamente<br />
<strong>para</strong> alguns casos , porém, na maioria das vezes, é obtido através <strong>de</strong> métodos n<strong>um</strong>éricos,<br />
como será discutido na próxima seção. Embora o limite pelo qual λ é <strong>de</strong>finido possa convergir<br />
<strong>para</strong> qualquer <strong>um</strong> dos 2n valores do espectro, na prática, a evolução da norma do vetor<br />
tangente <strong>para</strong> tempos longos é sensível apenas ao maior <strong>de</strong>ntre os expoentes, isto é, λ1. Isso<br />
ocorre pois <strong>um</strong>a condição inicial genérica ξ (0) terá <strong>um</strong>a componente diferente <strong>de</strong> zero no<br />
subespaço E1, que divergirá com o expoente λ1, dominando assintoticamente o crescimento<br />
<strong>de</strong> ξ (t):<br />
ξ (t) = e λ1t<br />
<br />
ξ1(0) 1 + ξ 2 2<br />
ξ 2 1<br />
e 2(λ2−λ1) t + · · · + ξ 2 2n<br />
ξ 2 1<br />
e2(λ2n−λ1) 1/2 t<br />
∼ e λ1t ξ1(0)<br />
Em outras palavras, escolhendo-se ξ (0) aleatoriamente, teremos λ = λ1 com probabilida<strong>de</strong><br />
<strong>um</strong>. Desta forma, o limite (2.10) <strong>de</strong>fine o expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> máximo que usaremos<br />
Ver, por exemplo, o cálculo <strong>para</strong> o mapa triangular no livro <strong>de</strong> Ferrara & C. do Prado [25], pág. 147.