Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex
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90 7.2. Analisando os resultados<br />
7.2.3 Expansão em c<strong>um</strong>ulantes e número <strong>de</strong> Kubo<br />
Agora avaliaremos a aproximação que consistiu em truncar a expansão em c<strong>um</strong>ulantes na<br />
segunda or<strong>de</strong>m. Como discutido na seção 3.3, o parâmetro que regula a qualida<strong>de</strong> da ex-<br />
pansão em c<strong>um</strong>ulantes é o número <strong>de</strong> Kubo que <strong>de</strong>notaremos por η K . Na seção 3.3.2, vimos<br />
que o número <strong>de</strong> Kubo é dado pelo produto entre α , parâmetro que quantifica a magnitu<strong>de</strong><br />
das flutuações nos elementos da hessiana V (t), pelo tempo <strong>de</strong> autocorrelação τc entre estes<br />
elementos. Desta forma, com a notação da seção 3.3.2, temos que o número <strong>de</strong> Kubo é dado<br />
por (ατc) o qual, utilizando a notação da seção 3.9, passa a ser escrito como ατc = σλτ (1)<br />
c<br />
<strong>um</strong>a vez que τ (1)<br />
c é i<strong>de</strong>ntificado como o mais relevante tempo <strong>de</strong> correlação do sistema. Con-<br />
tudo, por tratar-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a expansão em c<strong>um</strong>ulantes não convencional, isto é, <strong>um</strong>a expansão<br />
em função <strong>de</strong> superoperadores que fornece resultados em termos matriciais, <strong>um</strong>a análise di-<br />
mensional revela (o número <strong>de</strong> Kubo, como parâmetro perturbativo, <strong>de</strong>ve ser adimensional)<br />
que, <strong>para</strong> o nosso caso particular, o número <strong>de</strong> Kubo <strong>de</strong>ve envolver o parâmetro τ (1)<br />
c elevado<br />
ao quadrado e não simplesmente o produto σλτ (1)<br />
c , explicitamente:<br />
η K = σλ<br />
<br />
(1) 2<br />
τ c<br />
Po<strong>de</strong>mos estimar o comportamento <strong>de</strong> η K como função a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> utilizando os resulta-<br />
dos do capítulo anterior. Substituindo σλ como mostrado na equação (6.11) e <strong>de</strong>sprezando<br />
a <strong>de</strong>pendência com ρ 0 do tempo τ (1)<br />
c , obtemos, <strong>para</strong> temperatura fixa e baixas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s,<br />
a seguinte relação:<br />
η K = σλ<br />
(1) 2 √<br />
τ c ∝ ρ0 (7.3)<br />
Este último resultado nos mostra que η K → 0 conforme ρ 0 diminui, indicando que o número<br />
<strong>de</strong> Kubo é <strong>um</strong> bom parâmetro perturbativo <strong>para</strong> estudos a baixas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s. Po<strong>de</strong>mos<br />
quantificar esta relação substituindo os valores <strong>de</strong> σλ e τ (1)<br />
c<br />
mostrados, respectivamente,<br />
nas tabelas 6.2 e 6.3 do capítulo anterior. O resultado é apresentado na tabela 7.2 e na<br />
figura 7.3 on<strong>de</strong> observamos que η K ass<strong>um</strong>e valores entre aproximadamente 0.2 <strong>para</strong> a menor<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> estudada (ρ 0 = 0.01), até <strong>um</strong> pouco além <strong>de</strong> 1, <strong>para</strong> a maior (ρ 0 = 0.50). Como<br />
são menores do que <strong>um</strong> sobre quase todo o intervalo <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> analisado, estes valores<br />
sugerem que estamos em <strong>um</strong> regime a<strong>de</strong>quado, ou seja, <strong>um</strong> regime <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> baixa o<br />
suficiente <strong>para</strong> truncarmos a expansão no segundo c<strong>um</strong>ulante. Entretanto, é importante<br />
observarmos que o número <strong>de</strong> Kubo apresentou <strong>um</strong>a variação relacionada por <strong>um</strong> fator da<br />
or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 6 entre seu menor e maior valor, indicando que o resultado <strong>para</strong> o expoente <strong>de</strong><br />
<strong>Lyapunov</strong> <strong>de</strong>veria piorar, em virtu<strong>de</strong> da redução da qualida<strong>de</strong> do truncamento, conforme a<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> a<strong>um</strong>enta. Mas, como mostrado na figura 7.1, essa piora não ocorreu. Em verda<strong>de</strong>,<br />
ao analisarmos com mais cuidado os dados notaremos que o acordo entre teoria e simulação<br />
a<strong>um</strong>entou com a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>.<br />
O número <strong>de</strong> Kubo sofrendo <strong>um</strong>a variação por <strong>um</strong> fator <strong>de</strong> aproximadamente 6 associada