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Expoente de Lyapunov para um Gás de Lennard–Jones - CBPFIndex

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16 3.2. Definição do superoperador A e da matriz <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> ρ<br />

empregada na introdução. Por envolver a hessiana em sua construção, o Método Estocástico<br />

não se aplica, por exemplo, ao gás <strong>de</strong> esferas rígidas estudado por Krylov.<br />

Como discutido no capítulo 2, embora o vetor tangente ξ = ξ (t ;x0, ξ 0) <strong>de</strong>penda<br />

<strong>de</strong> ξ 0 = ξ (0), o expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> máximo é <strong>de</strong>terminado unicamente pela compo-<br />

nente <strong>de</strong> ξ 0 ao longo da direção associada a λ1 . Agora vamos ass<strong>um</strong>ir que <strong>para</strong> qual-<br />

quer condição inicial x0 , a trajetória <strong>de</strong> fase x (t) seja ergódica na superfície <strong>de</strong> energia<br />

H(q,p) = E = cte., acarretando na in<strong>de</strong>pendência da órbita x (t) com respeito a x0 , o<br />

mesmo ocorrendo com ξ e com λ. Para sistemas hamiltonianos com muitos graus <strong>de</strong> li-<br />

berda<strong>de</strong>, é esperado que as regiões do espaço <strong>de</strong> fases <strong>de</strong>scritas por <strong>um</strong>a distribuição <strong>de</strong><br />

probabilida<strong>de</strong> microcanônica (por <strong>um</strong>a medida microcanônica) sejam muito maiores do que<br />

as possíveis regiões regulares [7,12] . Desta forma, po<strong>de</strong>mos expressar o expoente <strong>de</strong> Lyapu-<br />

nov como <strong>um</strong>a média microcanônica com respeito às condições iniciais:<br />

λ = lim<br />

t → ∞<br />

1<br />

2t<br />

<br />

ln ξ (t;x0, ξ 0) 2<br />

(3.5)<br />

on<strong>de</strong> fizemos ξ 0 = 1 e usamos a <strong>de</strong>finição equivalente elevando a norma ao quadrado e<br />

dividindo pelo fator 2 por motivos que ficarão claros na próxima seção. Uma média sobre o<br />

logaritmo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a função apresenta importantes dificulda<strong>de</strong>s técnicas, por isso, trocaremos<br />

<strong>para</strong> a média recozida:<br />

λ lim<br />

t → ∞<br />

1<br />

2t<br />

ln <br />

ξ (t;x0, ξ 0) 2<br />

(3.6)<br />

Formalmente po<strong>de</strong>mos obter <strong>um</strong>a relação entre as equações (3.5) e (3.6) utilizando o truque<br />

das réplicas, contudo estas duas expressões são passíveis <strong>de</strong> testes n<strong>um</strong>éricos e, como vimos<br />

na seção 2.4, ambos os expoentes possuem valores bastante próximos <strong>para</strong> <strong>um</strong>a interação do<br />

tipo <strong>Lennard–Jones</strong> (ver discussão sobre expoentes cozido e recozido e sobre a formulação do<br />

expoente <strong>de</strong> <strong>Lyapunov</strong> no contexto da Mecânica Estatística em [28] e em suas referências).<br />

Ao tratarmos x0 como <strong>um</strong>a variável aleatória com proprieda<strong>de</strong>s estatísticas conhecidas<br />

(distribuição microcanônica), V (t;x0) <strong>de</strong>fine <strong>um</strong> processo estocástico e a equação (2.7)<br />

po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada <strong>um</strong>a equação diferencial estocástica. O parâmetro α na equação (3.4)<br />

quantifica a magnitu<strong>de</strong> das flutuações nos coeficientes <strong>de</strong> V (t). Ass<strong>um</strong>iremos que A1 (t) =<br />

A1 (t;x0) possui <strong>um</strong> tempo <strong>de</strong> (auto)correlação τc finito <strong>de</strong> modo que os elementos <strong>de</strong> A1 (ta)<br />

e A1 (tb) sejam estatisticamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes sempre que |ta − tb| τc , acarretando na<br />

fatoração dos momentos: 〈A1 (ta)A1 (tb)〉 = 〈A1 (ta)〉 〈A1 (tb)〉 .<br />

3.2 Definição do superoperador A e da matriz <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> ρ<br />

Antes <strong>de</strong> aplicarmos os métodos utilizados na solução <strong>de</strong> equações diferenciais estocásticas,<br />

notemos, conforme a equação (3.6), que não é necessário conhecermos ξ (t) <strong>para</strong> o cálculo

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