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Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb

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70 Anos do curso de pedagogia no brasil: olhares sobre as experiências de formação de professores na faeeba<br />

Psicologia da Administração Escolar, Planejamento<br />

Curricular, Planejamento Educacional, Psicologia<br />

Social, Gestão de Escolas, Didática, Teoria dos Sistemas<br />

Escolares, Avaliação do Ensino, Orientação e<br />

Avaliação, Controle da Aprendizagem Educacional<br />

de Escolas e de Sistemas.<br />

Durante os <strong>anos</strong> oitenta e noventa, o curso de<br />

Pedagogia passou por momentos de reflexão, questionando-se<br />

o próprio papel exercido pela educação<br />

na sociedade, a falta de clareza sobre a função do<br />

educador, a problemática quanto à reformulação<br />

do curso e das licenciaturas em geral, as políticas<br />

governamentais para a educação e a inadequação<br />

entre pedagogos formados e os absorvidos pelo<br />

mercado de trabalho.<br />

Na década de 80, destacam-se a atuação do movimento<br />

de reformulação dos cursos de formação<br />

do educador que perdura até hoje com a Associação<br />

Nacional de Formação de Professores (Anfope) e,<br />

atualmente, as contribuições do FORUMDir e do<br />

Fórum Nacional em Defesa da Formação de Professore,<br />

os quais defendem a base comum nacional e a<br />

docência como base de formação do educador.<br />

Ainda na década de 80, diversas Faculdades de<br />

Educação e/ou Institutos Superiores de Educação<br />

reformularam/criaram cursos que se centravam na<br />

formação de professores para as séries iniciais do<br />

ensino fundamental e do curso de magistério. Essas<br />

alterações nascem de pesquisa e estudos realizados<br />

por professores e Faculdades, que tomam como<br />

referência as indicações do Movimento Nacional<br />

pela Formação do Educador (Anfope), com a supressão<br />

das convencionais habilitações do Curso<br />

de Pedagogia.<br />

Evidencia-se no cenário social e, especificamente,<br />

no campo educacional a década de 80 como<br />

sendo marcada, também, por movimentos que<br />

buscam instaurar/questionar sobre o fazer docente,<br />

no que se refere à competência técnica e ao compromisso<br />

político do educador, cabendo destacar<br />

os encontros de reformulação das licenciaturas e<br />

cursos de pedagogia, bem como o Seminário A<br />

Didática em Questão, realizado na PUC-RJ, de 16<br />

a 19/11/82, organizado por Candau (1983), tendo<br />

em vista revisitar criticamente o ensino e a pesquisa<br />

na área, questionando o seu campo epistemológico,<br />

o papel concernente à formação do educador, a superação<br />

de uma prática unilateral e a compreensão<br />

<strong>10</strong>6<br />

da didática com base na multidimensionalidade do<br />

fazer docente.<br />

É no bojo das lutas encampadas pelas forças<br />

comprometidas com uma sociedade democrática<br />

e cidadã, nos encontros e debates da constituinte<br />

e na formulação do projeto da Lei de Diretrizes e<br />

Bases da Educação, que diferentes educadores, associações<br />

científicas e entidades da sociedade civil<br />

capitalizavam para o campo educacional/educativo<br />

princípios relacionados às propostas alternativas<br />

fecundadas ao longo dos <strong>anos</strong> 70 e 80, em torno<br />

de uma educação pública, gratuita e universal, bem<br />

como em relação à formação docente. Na realidade,<br />

o que assistimos é a reafirmação dos grandes blocos<br />

econômicos e a centralização do poder numa<br />

ditadura ideológica neoliberal e marcada pela<br />

autodeterminação do mercado.<br />

Na década de 90, vivenciamos uma proliferação<br />

de implantação de cursos de Pedagogia, bem como<br />

discussões e tensões sobre o espaço de formação e<br />

as políticas públicas concernentes as Diretrizes Curriculares<br />

para o Curso de Pedagogia e aos Institutos<br />

Superiores de Educação/Curso Normal Superior.<br />

Os <strong>anos</strong> noventa foram marcados pelo processo<br />

de discussão da nova Lei de Diretrizes e Bases da<br />

Educação Nacional, Lei Federal n. 9.394/96, quando<br />

ocorreram mudanças significativas no sistema<br />

de ensino do país. Apesar da nova regulamentação,<br />

a dicotomia entre o bacharelado e a licenciatura<br />

foi resolvida, pois o artigo 64 da Lei Federal nº.<br />

9.394/96 dizia que: “A formação de profissionais<br />

de educação para administração, planejamento,<br />

inspeção, supervisão e orientação educacional para<br />

a educação básica, será feita em curso de graduação<br />

em pedagogia ou em nível de pós-graduação,<br />

a critério da instituição de ensino, garantida, nesta<br />

formação, a base nacional comum”.<br />

Diante destes cenários, urge a necessidade de<br />

aprofundar e sistematizar princípios relacionados à<br />

formação e papéis relativos ao pedagogo/educador,<br />

bem como ao processo de formação inicial e continuada<br />

dos mesmos. Assim, convém questionar:<br />

Qual é a especificidade do curso de pedagogia? Será<br />

a docência a base de formação e identidade profissional<br />

de todo pedagogo/educador? Quais relações<br />

são estabelecidas entre o processo de formação e<br />

o exercício profissional? Onde estão os egressos<br />

da UERJ e de outras instituições de formação do<br />

Revista da <strong>FAEEBA</strong> – Educação e Contemporaneidade, Salvador, número especial, p. <strong>10</strong>3-118, jul./dez. 2009<br />

<strong>FAEEBA</strong> <strong>25</strong> <strong>anos</strong>.indd <strong>10</strong>6 2/2/2011 13:45:07

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