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Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb

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NOVO ENFOQUE DOS ESTUDOS INTERNACIONAIS<br />

RESUMO<br />

Revista da <strong>FAEEBA</strong> – Educação e Contemporaneidade, Salvador, número especial, p. 197-204, jul./dez. 2009<br />

Jonuel Gonçalves<br />

Jonuel Gonçalves *<br />

O contexto mundial, a nível econômico e seus efeitos políticos, criou uma nova<br />

configuração em torno dos grandes centros de decisão, com o surgimento das<br />

economias emergentes. Esta situação ainda não se reflete de forma significativa no<br />

ensino da temática internacional, pelo menos no Brasil.<br />

Palavras-chave: Emergentes. Conflitos. Ensino.<br />

ABSTRACT<br />

A NEW FOCUS ON INTERNATIONAL STUDIES<br />

The current world context, on the economic level and its political implications, creates<br />

a new environment around the main centers of decision with the rise of emergent<br />

economies. This situation has not yet been reflected significantly on the academic<br />

discipline of international relations, at least not in Brazil.<br />

Keywords: Emergent. Conflict. Education.<br />

A docência ao longo de cinco <strong>anos</strong> no Programa<br />

de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade<br />

da <strong>Uneb</strong>, de duas disciplinas em estudos internacionais<br />

(Relações no “Atlântico Sul” e “África<br />

Contemporânea”), suscitou diversos debates em<br />

sala de aula e permitiu reflexões sobre o que muitos<br />

ainda consideram como paradigmas nessas áreas e<br />

os desafios que representam do ponto de vista do<br />

ensino e pesquisa.<br />

De fato, as teorias mais visíveis sobre Relações<br />

Internacionais atravessam neste momento uma fase<br />

de acentuada desatualização em relação ao que<br />

efetivamente ocorre no mundo. Elas são elaboradas<br />

em função dos contextos de poder, limitados a uma<br />

parte do planeta que, mesmo abrangendo os principais<br />

centros de decisão, não constitui amostragem<br />

com valor demonstrativo global.<br />

A emergência no começo do século XXI de<br />

países subdesenvolvidos com altos níveis de crescimento<br />

e crescente articulação interna e regional,<br />

muito influentes no mercado mundial e na for-<br />

* Doutor em Ciências pela Univ. Federal Rural do RJ (UFRRJ). E-mail: jogo34@gmail.com<br />

matação da ordem em extensas regiões, modifica<br />

vários pressupostos teóricos. Ao contrario do que<br />

em geral se dizia naqueles centros e respectivas<br />

teorias, não foi preciso atingir altos graus de desenvolvimento<br />

para ter influência e, neste caso,<br />

influência decisiva.<br />

Este não é único revelador da erosão de autoridade<br />

daquelas teorias. A nova realidade revela<br />

também o caráter redutor de frases (que viraram<br />

slogans) como “o sistema mundial é anárquico”,<br />

apenas porque não há governo mundial formal; “a<br />

agricultura é base e a indústria é fator decisivo”,<br />

apesar de se constatar cada vez mais interação<br />

agroindustrial; e até “a guerra é a política por outros<br />

meios”, quando se multiplicam os casos em que “a<br />

política é a guerra por outros meios”.<br />

Na primeira delas, qualquer que seja o significado<br />

que se atribua à palavra “anárquico”,<br />

sua adequação é duvidosa. Se por anarquismo se<br />

pressupõe a ausência de governo (e de Estados),<br />

os teóricos dessa ideologia não propõem substituí-<br />

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