Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb
Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb
Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Universidade, Bahia e berimbau, trajetórias de descolonização e educação<br />
92<br />
33-AFRICANIDADES À FLOR DA PELE (concluída). Pesquisadoras: Givanilda<br />
Jesus das Virgens, Jacqueline Kátia Honorato de Souza, Naita Lisboa Lopes, Veraci<br />
Sousa Rezende. Orientadora: Narcimária Correia do Patrocínio Luz. Rede UNEB<br />
2000, Lauro de Freitas<br />
34 - DIREITO DE SER, O QUE SOU: Cultura e Religiosidade afro-brasileira na<br />
prática educativa (concluída). Pesquisadoras: Edna Soares Ferreira, Maria de Fátima<br />
dos santos Batista, Rita de Cássia Cruz de Sousa, Sandra Macedo da Conceição Menezes.<br />
Orientadora: Narcimária Correia do Patrocínio Luz. Rede Uunb 2000, Lauro de Freitas<br />
Neste contexto desse texto deve ser lembrado o<br />
Festival Awon Esó que, traduzindo do yorubá para<br />
o português, significa Frutos do Prodese, também<br />
foi outro momento importante. Em 2005, o Prodese<br />
completou sete <strong>anos</strong> e comemoramos através de<br />
múltiplas linguagens. Não poderíamos deixar de<br />
comentar que todo o cerimonial do mosaico de<br />
linguagens africano-brasileiras que organizamos foi<br />
conduzido pela professora e pesquisadora do Prodese<br />
Edileuza Penha de Souza, atualmente atuando<br />
como docente na Universidade de Brasília (UnB).<br />
Tomamos todo o hall de entrada do Departamento<br />
de Educação do Campus I, o corredor e<br />
também o auditório Caetano Veloso (hoje Teatro<br />
<strong>Uneb</strong>). Toda a efervescência de linguagens comunitárias<br />
inundou esses espaços. Reunimos um<br />
público de escolas públicas do Cabula, Itapuã,<br />
Mata Escura e dos Dendezeiros.<br />
Abrimos com uma bela exposição de artes<br />
plásticas com esculturas em madeira de Marco<br />
Aurélio Luz e telas de Ronaldo Martins e Januária<br />
Patrocínio.<br />
O público pode assistir ao auto-coreográfico<br />
“Porque Oxalá usa Ekodidé”, adaptado da obra<br />
literária de Deoscoredes Maximiliano dos Santos,<br />
Mestre Didi, realizada com alunos da 5ª série do<br />
Colégio da Polícia Militar bairro dos Dendezeiros,<br />
no contexto do projeto AGBON: arte, beleza e sabedoria<br />
ancestral africana, coordenado pelo professor<br />
Ronaldo Martins e produzido por Nicolai Brito.<br />
Outro auto-coreográfico foi “Odé o Caçador”,<br />
também adaptado da obra literária de Deoscoredes<br />
Maximiliano dos Santos, Mestre Didi, dramatizado<br />
pelo Grupo Odeart sob a coordenação da professora<br />
Janice de Sena Nicolin. Também tivemos a<br />
participação valiosa do Hip-Hop, com o Grupo<br />
Atitude Black, das “As Ganhadeiras de Itapuã”, sob<br />
a coordenação de Amadeu Alves e Jenner Sena, e a<br />
Roda de Capoeira com as crianças da Associação<br />
Crianças Raízes do Abaeté (Acra).<br />
Outra atividade importante foi a Mesa abordando<br />
o tema do “Do Mundo fechado ao Universo<br />
Infinito” da obra de Alexandre Koyré. Compôs a<br />
Mesa Marco Aurélio Luz, Dalmir Francisco, José<br />
Carlos Limeira e Landê Onawale Munzanzu.<br />
Culminando as comemorações dos sete <strong>anos</strong>,<br />
a equipe Prodese foi homenageada com o poema<br />
da professora e pesquisadora prodesiana Edivânia<br />
Maria Barros Lima:<br />
Prodese sete letras<br />
Prodese sete rimas<br />
Prodese sete histórias<br />
Prodese: Programa Descolonização e Educação<br />
Hoje aqui festejado em vida e canção<br />
Esse PRO de Prodese<br />
Me soa como um “para” um “rumo a”<br />
E o DESE de Prodese?<br />
DESE deve ter vindo mesmo de DESEjo<br />
Ou de DESEnho<br />
Que não se pinta na objetividade<br />
Mas que se risca na subjetividade<br />
na criatividade<br />
E por que não dizer, na “comunalidade”?!<br />
Mas para não me estender<br />
Porque a festa não é minha:<br />
E já querendo encerrar:<br />
Prodese aqui, ali e acolá<br />
Prodese talvez seja isso mesmo<br />
Um bem-estar que não quer<br />
Deixar de ESTAR<br />
E que veio para ficar.<br />
Outra iniciativa relevante foi a Mostra Africano-Brasileira<br />
de Perspectivas Didáticas para<br />
Revista da <strong>FAEEBA</strong> – Educação e Contemporaneidade, Salvador, número especial, p. 75-94, jul./dez. 2009<br />
<strong>FAEEBA</strong> <strong>25</strong> <strong>anos</strong>.indd 92 2/2/2011 13:45:06