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Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb

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Esta foi a ideia-chave que impulsionou inicialmente<br />

o MEC/Inep, a Undime e o Unicef a serem<br />

parceiros em estudos realizados a partir dos resultados<br />

da Prova Brasil. Um primeiro estudo sobre<br />

as características presentes nas escolas onde os<br />

alunos alcançaram bom desempenho foi realizado<br />

em 2006, e seus resultados podem ser encontrados<br />

na publicação A Prova Brasil – O direito de Aprender:<br />

Boas práticas em escolas públicas avaliadas<br />

pela Prova Brasil. Considerando a relevância dos<br />

resultados obtidos e a confirmação de que aqueles<br />

que fazem o cotidiano das escolas brasileiras têm<br />

muito a ensinar; essas instituições decidiram realizar<br />

um segundo estudo, com o intuito de ampliar<br />

o campo de visão do fenômeno educacional para<br />

compreender como as redes municipais estavam<br />

se articulando na perspectiva da garantia do direito<br />

de aprender. Assim nasceu a pesquisa Redes de<br />

Aprendizagem: boas práticas de municípios que<br />

garantem o direito de aprender.<br />

Quarenta municípios foram selecionados para<br />

fazer parte desta pesquisa. Os critérios para a composição<br />

dessa amostra consideraram basicamente<br />

três elementos: representatividade regional e populacional;<br />

número mínimo de escolas municipais<br />

– duas; e a classificação das redes de acordo com o<br />

Indicador de Efeito de Redes Municipais (Ierm).<br />

A pesquisa foi realizada a partir da coleta e<br />

análise de fontes primárias (observações e entrevistas<br />

semi-estruturadas junto aos dirigentes<br />

municipais de educação, funcionários das secretarias<br />

municipais, comunidade escolar – gestores,<br />

coordenadores, funcionários, professores, pais e<br />

alunos –, parceiros das escolas e das redes, e, quando<br />

atuantes, membros de conselhos municipais)<br />

e secundárias (análise de dados, como os dados<br />

demográficos e educacionais e dados do IBGE e<br />

análise dos documentos norteadores das redes e das<br />

produções coletadas nas escolas).<br />

As entrevistas com todos os participantes sempre<br />

iniciavam com uma pergunta central e, a partir dela,<br />

seguia com os desdobramentos que tinham como<br />

objetivo detalhar os fatores atribuídos aos avanços<br />

da rede. A pergunta era: A Rede deste município<br />

obteve um desempenho no Ideb acima da média<br />

brasileira. A que você atribui esse resultado?<br />

As pesquisas de campo tiveram a duração de<br />

02 dias em cada município, sendo realizadas por<br />

Revista da <strong>FAEEBA</strong> – Educação e Contemporaneidade, Salvador, número especial, p. 143-154, jul./dez. 2009<br />

Mônica M. Samia<br />

01 pesquisadora em municípios de até 20.000<br />

habitantes, e por 02 pesquisadoras nos municípios<br />

com mais de 20.000 habitantes.<br />

Para a análise de dados foram elaborados relatórios<br />

de cada município e, a partir deles, um relatório<br />

final da pesquisa, elaborado pelas coordenadoras.<br />

Com base nesses documentos, especialmente no<br />

relatório final, foi elaborado um novo texto que<br />

culminou na publicação da pesquisa em forma de<br />

livro, para ser distribuído nacionalmente, com o<br />

intuito de disseminar as boas práticas encontradas<br />

e inspirar e instrumentalizar os educadores.<br />

Os principais fatores apontados pelos municípios<br />

foram:<br />

• Foco na aprendizagem<br />

•<br />

Sentido, consciência e práticas de Rede - a<br />

relação entre Secretarias Municipais de<br />

Educação e as escolas<br />

• Cultura e Prática do Planejamento<br />

• Cultura e Prática de Avaliação<br />

• Perfil profissional dos professores - compromisso,<br />

capacidade e motivação<br />

• Formação dos Professores<br />

• Valorização da Leitura<br />

• Acompanhamento e atendimento individual<br />

• Atividades extracurriculares<br />

• Parcerias<br />

A publicação foi lançada no início de 2008 e<br />

distribuída para dirigentes municipais de educação<br />

e educadores em geral, no intuito de cumprir seu<br />

principal objetivo: colaborar para que a garantia<br />

do direito de aprender seja o foco das políticas<br />

educacionais, através da disseminação de práticas<br />

legitimadas que ocorrem no cotidiano de escolas<br />

municipais brasileiras.<br />

A relevância dos dados obtidos e as marcas<br />

positivas dessa experiência foram as principais motivações<br />

para a minha iniciativa de olhar, mais uma<br />

vez, de forma renovada e aprofundada para os dados,<br />

a fim de realizar outra pesquisa, que pretendeu<br />

extrair novas aprendizagens, lições e inspirações.<br />

Assim, nasceu, no âmbito da Linha 2 - Educação,<br />

Tecnologias Intelectuais, Currículo e Formação<br />

do Educador, do Programa de Pós Graduação em<br />

Educação e Contemporaneidade da Universidade<br />

do Estado da Bahia (<strong>Uneb</strong>), a pesquisa Territórios<br />

de Aprendizagem: cartografando experiências de<br />

sucesso escolar, descrita a seguir.<br />

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