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Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb

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ditadura dos índices estatísticos que procuram reger<br />

a nossa vida acadêmico-científica.<br />

Imbuídos pela ginga africano-brasileira, passaremos<br />

a comunicar alguns dos clarões que conseguimos<br />

erguer no Campus I e suas irradiações nas<br />

nossas comunalidades.<br />

Núcleo de Educação Pluricultural (NEP)<br />

A concepção do NEP nasceu no âmbito das<br />

nossas atuações como professora no curso de Pedagogia<br />

da Faeeba em 1994, em que tentávamos<br />

exaustivamente estabelecer abordagens e apontar<br />

outro continente teórico-epistemológico que transcendesse<br />

as fronteiras do recalque e legitimasse<br />

nossas origens.<br />

Na época, envolvidos pela tese de Doutorado,<br />

que desenvolvíamos na Universidade Federal da<br />

Bahia, fomos instigados a elaborar uma proposição<br />

política de Educação, e optamos em enfatizar o<br />

campo da Pluralidade Cultural e Educação.<br />

Procuramos elaborar um documento, preocupado<br />

em fornecer elementos significativos para a<br />

estruturação de um Núcleo de Educação Pluricultural<br />

na <strong>Uneb</strong>, que pela sua dimensão multicampi<br />

absorvia com muita pertinência a perspectiva<br />

política que pretendíamos inaugurar.<br />

Assim, delineamos as características do NEP,<br />

as motivações e/ou razões para implantá-lo, suas<br />

proposições epistemológicas, estatuto e as atividades<br />

para compor sua dinâmica.<br />

Compartilhamos posteriormente a proposição<br />

política de Educação Pluricultural para vários<br />

colegas da <strong>Uneb</strong>, que acolheram com entusiasmo<br />

e se tornaram parceiros da iniciativa. O NEP foi<br />

um espaço institucional muito interessante. Conseguíamos<br />

reunir e intercambiar com os colegas<br />

professores e pesquisadores de toda a <strong>Uneb</strong>, e de<br />

outras instituições da Bahia, Brasil e exterior. Na<br />

época, o NEP foi considerado uma iniciativa pioneira<br />

no cotidiano das Universidades brasileiras. O<br />

objetivo geral do NEP pelo seu caráter transdisciplinar<br />

e multicampi foi de promover e desenvolver<br />

atividades de estudos, pesquisas, ensino e extensão,<br />

que estivessem ancoradas na dimensão pluricultural<br />

de Educação característica da formação social<br />

brasileira.<br />

Revista da <strong>FAEEBA</strong> – Educação e Contemporaneidade, Salvador, número especial, p. 75-94, jul./dez. 2009<br />

Narcimária Correia do Patrocínio Luz<br />

Foi um ciclo de vivências científico-acadêmicas<br />

muito ricas! Realizávamos reuniões quinzenais e<br />

nelas íamos desenhando e realizando atividades<br />

que ainda repercutem na nossa <strong>Uneb</strong> como veremos<br />

adiante.<br />

Vale a pena destacar o Seminário comemorativo<br />

dos 300 Anos do Quilombo de Palmares. O tema<br />

explorado pelo NEP foi Palmares Hoje e se desdobrou<br />

numa publicação importante que organizamos<br />

para o Jornal A Tarde através do Caderno Cultural<br />

cujo redator-chefe foi Florisvaldo Mattos. Aliás,<br />

é bom registrar aqui que foi o primeiro caderno<br />

temático do jornal, repercutiu muito bem e fomos<br />

parabenizados por Florisvaldo Mattos pela abordagem<br />

do tema desenvolvido. A publicação dos artigos<br />

elaborados por professores/as pesquisadores/<br />

as do NEP para compor o Caderno Cultural serviu<br />

como material didático e referências de estudos<br />

para professores/as da Rede Pública e Particular,<br />

como tivemos a oportunidade de constatar posteriormente<br />

nas nossas atuações como palestrantes,<br />

conferencistas, etc.<br />

Prosseguimos e, em 1996, tivemos a iniciativa<br />

até então inédita no Brasil, de organizar um livro<br />

reunindo personalidades exponenciais no campo<br />

da Pluralidade Cultural e Educação. Nomes como<br />

Marco Aurélio Luz, Muniz Sodré, Marcos Terena,<br />

Elisa Larkin Nascimento, Kabengele Munanga,<br />

entre outros, colaboraram conosco. A publicação<br />

do livro, em parceria com a Secretaria de Educação<br />

do Estado da Bahia, foi considerada muito ousada,<br />

já que na época essa questão não era tratada devidamente<br />

pelos espaços institucionais oficiais.<br />

Centro de Estudos das Populações Afro-<br />

Indo-Americanas (Cepaia)<br />

O Cepaia foi outra iniciativa que nasceu para<br />

sensibilizar o debate, encorajar novas formas de<br />

pensar, insistir na criatividade e propor horizontes<br />

epistemológicos que dessem às gerações sucessoras<br />

possibilidades de exercer o direito à sua alteridade<br />

civilizatória.<br />

Esse espaço institucional de natureza transdisciplinar<br />

foi proposto em 1996 para estabelecer<br />

canais de convivência acadêmica entre professorespesquisadores<br />

das Universidades Estaduais da<br />

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