Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb
Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb
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<strong>25</strong> Anos de faeeba e 26 <strong>anos</strong> de uneb: da universidade que temos aos desafios que precisamos vencer<br />
ensino, pesquisa e de extensão é muito importante<br />
que a academia esteja preocupada com a formação<br />
de profissionais cidadãos do mundo, que tenham<br />
uma visão crítica das atuais necessidades humanas,<br />
para saber atuar na vida cultural e produtiva da<br />
sociedade.<br />
A identidade sócio-cultural da <strong>Uneb</strong> procura<br />
caracterizá-la como sendo uma universidade pública<br />
com vínculos marcantemente interior<strong>anos</strong>,<br />
identificada com a formação de professores para<br />
atuar na melhoria da educação básica e na qualificação<br />
de profissionais bacharéis para atender e<br />
fortalecer a economia e o sistema produtivo local<br />
e regional.<br />
Já a identidade organizacional e geográfica da<br />
<strong>Uneb</strong> é marcada pelo sistema multicampi de ensino,<br />
pesquisa e de extensão, com os campi atuando em<br />
diferentes regiões do Estado, com a oferta de dezenas<br />
de cursos de graduação e de pós-graduação lato<br />
sensu. Nessa estrutura multicampi, alguns campi se<br />
integram para oferecer os cursos de pós-graduação<br />
stricto sensu e atuam de forma interdisciplinar no<br />
ensino e na pesquisa, garantindo a efetiva participação<br />
de professores qualificados na produção do<br />
conhecimento.<br />
A organização multicampi tem exigido da<br />
universidade um enorme esforço para oferecer as<br />
atividades de ensino, de pesquisa e de extensão<br />
de forma integrada. Mas, nem sempre isto vem<br />
se tornando possível em todos os campi, pois há<br />
uma carência acadêmica da realização de projetos<br />
de ponta, com a atuação de profissionais doutores,<br />
que nem sempre a universidade consegue manter<br />
em muitos campi interior<strong>anos</strong>.<br />
O ensino é uma atividade que vem sendo<br />
mantido nos campi interior<strong>anos</strong> e na capital desde<br />
1983, quando a universidade foi implantada. Esta<br />
atividade refere-se ao processo de ensino-aprendizagem<br />
e tem se caracterizado pela oferta de aulas<br />
teóricas, por trabalhos práticos, estudos individuais<br />
e coletivos, e a realização de atividades de estágio<br />
curricular conforme a exigência na formação<br />
profissional. A pesquisa refere-se à produção do<br />
conhecimento, a realização de estudos científicos<br />
por parte do professor e dos alunos para descobrir<br />
novos conhecimentos, novas formas para ampliar<br />
o campo do saber humano, colocando o mundo<br />
acadêmico na vanguarda dos estudos inovadores<br />
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que irão beneficiar o conjunto da sociedade com as<br />
novas descobertas nas diferentes áreas de atuação<br />
da universidade.<br />
Da mesma forma, as atividades de extensão<br />
são realizadas na maioria dos campi da universidade,<br />
caracterizando-se por ser uma atividade ou<br />
um conjunto de ações que a universidade realiza,<br />
num processo de interação com o social, na busca<br />
de sintonizar a academia com a problemática<br />
social vivida pela maioria da população. Trata-se<br />
do momento em que a universidade faz interagir<br />
as atividades de ensino e de extensão, discute a<br />
problemática social e cultural e leva as respostas<br />
científicas esperadas pela maioria da população em<br />
seus projetos de vida.<br />
O fim da autonomia universitária e a<br />
falta de democracia<br />
O direito de agir de forma aberta e participativa<br />
em determinada circunstância: essa é a idéia que se<br />
tem sobre a questão da autonomia da universidade.<br />
É uma expressão herdada do grego e significa o<br />
poder de ação que uma pessoa, uma instituição ou<br />
um governo pode ter para fazer frente à determinada<br />
situação social, política, econômica e cultural.<br />
No caso das instituições universitárias, significa<br />
dizer que a autonomia representa o poder de ação<br />
que essa instituição tem para desenvolver as suas<br />
atividades de ensino, pesquisa e de extensão. São<br />
atividades-fim que somente podem ser concretizadas<br />
com o auxílio permanente das atividades-meio<br />
da universidade, a efetivação dos meios administrativos,<br />
materiais e financeiros que se juntam para<br />
fazer da universidade uma instituição real, viva e<br />
participativa das questões da sociedade.<br />
Ou seja, não tem como pensar na qualidade do<br />
trabalho realizado pela universidade se esta instituição<br />
não tem autonomia para agir e buscar os meios<br />
necessários para tornar o seu ambiente acadêmico e<br />
produtivo como sendo algo dinâmico, democrático<br />
e gerador de valores e de conhecimentos científicos<br />
eficazes.<br />
Por isso mesmo, o professor Caio Tácito (1989)<br />
defende que as instituições universitárias devem<br />
nascer, viver e conviver sob o signo da autonomia,<br />
destacando-se neste contexto a autonomia científico-pedagógica,<br />
pois ela representa a própria essên-<br />
Revista da <strong>FAEEBA</strong> – Educação e Contemporaneidade, Salvador, número especial, p. 41-50, jul./dez. 2009<br />
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