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Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb

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Gestão universitária e gestão dos sistemas de ensino: desafios de uma articulação sob a inspiração de Anísio Teixeira<br />

administrativas na Bahia e os seus impactos sobre<br />

a educação. O contexto político-institucional que<br />

molda novos contornos e dá forma às reformas<br />

administrativas é analisado por Paulo Fábio Dantas<br />

Neto (2006):<br />

32<br />

O movimento militar de 1964, além da violência<br />

contra a sociedade civil – com repressão ao mundo<br />

sindical e movimentos sociais e caça às bruxas no<br />

mundo da cultura – e dentro do serviço público, processo<br />

sobre o qual há amplo conhecimento histórico<br />

[...], provocou forte impacto na sociedade política<br />

baiana. Reorientou a linha político-administrativa do<br />

governo [...]. Interrompendo o processo democrático,<br />

o golpe mudou a rota de reciclagem das elites políticas<br />

da Bahia, passando a acentuar-lhe a perspectiva<br />

da modernização econômica, interditando, por outro<br />

lado, sua sensibilidade quanto a requerimentos de<br />

modernidade política, tais como a garantia de liberdades<br />

individuais, responsabilidade política dos<br />

governos perante as instituições representativas, fomento<br />

ao pluralismo, ampliação da competitividade<br />

na sociedade política e do escopo social da cidadania.<br />

Por outro lado, ao cabo de poucos <strong>anos</strong>, soltou-se<br />

para valer as amarras do crescimento econômico do<br />

estado, que teve a sua urbanização intensificada, a<br />

industrialização acelerada e a administração racionalizada.<br />

(p. 237-239).<br />

Mais recentemente, dentre os processos de<br />

reforma administrativa que influenciaram o reordenamento<br />

do setor público sem dúvida está o<br />

Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado<br />

12 . Apresentado, pelo governo federal, em 1995,<br />

apontava para a qualidade da gestão a partir de<br />

metas, compromisso com os resultados, avaliação<br />

de desempenho, desburocratização, terceirização,<br />

redução de custos, entre outras medidas. É inevitável<br />

admitir que essas diretrizes tenham orientado<br />

decisões no âmbito dos governos estaduais como<br />

as aqui examinadas.<br />

Foi, pois, dentro deste contexto histórico, político,<br />

institucional e acadêmico que escolhemos<br />

retratar experiências acadêmicas e administrativas<br />

no âmbito da gestão universitária e da gestão de<br />

sistemas de ensino. Nosso objetivo é explicitar<br />

os múltiplos movimentos que podem ser gerados,<br />

no interior de uma instituição universitária, dado<br />

o caráter das suas ações: no ambiente escolar<br />

ou universitário, a gestão possui uma dimensão<br />

pedagógica que permite agregar os processos de<br />

formação de pessoas com o conhecimento sobre a<br />

realidade (pesquisa) e a ação (extensão), na mais<br />

nítida expressão do seu compromisso social.<br />

3. Curso de Planejamento e Gestão Educacional<br />

(lato sensu)<br />

Existem motivos que justifiquem resgatar<br />

alguns aspectos da memória do curso de Planejamento<br />

e Gestão Educacional 13 (lato sensu),<br />

entre tantos outros já oferecidos pela <strong>Uneb</strong>?<br />

Acreditamos que há. Por essa razão, tentaremos<br />

identificá-los apresentando algumas razões para<br />

a nossa assertiva. A base que sustenta a idéia de<br />

resgatar alguns aspectos da memória desse curso<br />

se apóia no pressuposto de que o mesmo possuía<br />

características singulares que contribuíram significativamente<br />

com o avanço da pós-graduação no<br />

âmbito do Departamento de Educação, Campus<br />

I - Salvador/Bahia.<br />

Para desenvolver nosso pressuposto, nos referenciamos<br />

no artigo intitulado “A aplicação do<br />

paradigma da avaliação emancipatória: o caso do<br />

curso de planejamento e gestão do ensino fundamental<br />

da UNEB” de autoria das professoras<br />

Elizabete Conceição Santana, Maria Alba Guedes<br />

Machado Mello e de Maria de Fátima Brandão de<br />

Jesus. Tal artigo encontra-se publicado no Caderno<br />

de Pesquisa Esse in Curso I/<strong>Uneb</strong> (SANTANA;<br />

MELLO; BRANDÃO, 2003) e se destina a apresentar<br />

um relatório do processo de avaliação em<br />

torno do referido curso.<br />

Cabe destacar que a oferta da primeira turma<br />

ocorreu no segundo semestre em 1998, no Departamento<br />

de Educação do Campus I, em Salvador,<br />

a partir de convênio firmado entre o Centro de<br />

Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico<br />

(Cadct) (hoje Fundação de Apoio à Pesquisa<br />

na Bahia (Fapesb) e a Universidade do Estado da<br />

Bahia.<br />

12 Documento elaborado pelo Ministério da Administração Federal<br />

e Reforma do Estado, sob a liderança do então ministro Bresser<br />

Pereira.<br />

13 O Curso, cuja concepção foi desenvolvida pelas professoras<br />

Elizabete Conceição Santana (coordenadoras também nos períodos<br />

iniciais da sua implantação), contou com a participação de Silvestre<br />

Teixeira, Sergio Hage Fialho, Fernando Pedrão, Maria José de Oliveira<br />

Palmeira, Jaci Maria Ferraz de Menezes, Ivan Luiz Novaes, Nadia<br />

Hage Fialho, Regina Celi Machado Pires, entre outros.<br />

Revista da <strong>FAEEBA</strong> – Educação e Contemporaneidade, Salvador, número especial, p. <strong>25</strong>-40, jul./dez. 2009<br />

<strong>FAEEBA</strong> <strong>25</strong> <strong>anos</strong>.indd 32 2/2/2011 13:44:59

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