Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb
Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb
Número Especial: FAEEBA 25 anos PPGEduC 10 anos - Uneb
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Gestão universitária e gestão dos sistemas de ensino: desafios de uma articulação sob a inspiração de Anísio Teixeira<br />
com ênfase na melhoria das condições de trabalho<br />
para docentes e funcionários e na abertura de canais<br />
de articulação institucional no âmbito da <strong>Uneb</strong> e<br />
com diversas instituições, em apoio às ações finalísticas<br />
do ensino, da pesquisa e da extensão.<br />
No âmbito dessas articulações institucionais,<br />
destacamos, aqui, o projeto Memória da Educação<br />
na Bahia 16 que há cerca de vinte e cinco <strong>anos</strong><br />
vem se dedicando ao entendimento dos processos<br />
educativos que se desenvolveram na Bahia, ao<br />
longo de sua história. Este projeto exerce um papel<br />
fundamental no campo da pesquisa em educação,<br />
tanto para a Bahia como para o Brasil. E foi muito<br />
importante tê-lo como referência durante o período<br />
de gestão da Faeeba, aqui considerado.<br />
Por melhoria das condições de trabalho, compreendeu-se,<br />
à época, a modificação da situação<br />
encontrada quanto às instalações físicas e aos procedimentos<br />
administrativos. As instalações apresentavam<br />
problemas para abrigar uma instituição<br />
de ensino, desde a divisão dos espaços, que não<br />
correspondia às suas necessidades, assim como,<br />
problemas com acústica, ventilação, luminosidade<br />
etc., em ambientes destinados a aulas, reuniões etc.<br />
Os estudantes, por exemplo, não dispunham de espaços<br />
para seus estudos e amontoavam-se, sentados<br />
no chão do corredor, na frente das salas de aula,<br />
para a realização de trabalhos de grupo ou reuniões<br />
de equipes. E a vizinhança com uma serraria (à<br />
época, dentro do próprio campus universitário, no<br />
prédio ao lado) agravava as condições de estudo<br />
dos alunos e trabalho dos professores. A serraria<br />
foi transferida para outro local, e criado, no seu<br />
lugar, um ambiente para estudo e lazer dos alunos,<br />
contendo 9 (nove) conjuntos de mesas e bancos,<br />
o que permitiu desobstruir o corredor das salas de<br />
aula, assegurando maior silêncio nas imediações<br />
das salas de aula e, também, preservando espaços<br />
para uso livre dos próprios estudantes. O espaço,<br />
ao ar livre, mas protegido do vento e da chuva, é<br />
até hoje utilizado pelos alunos com a maior frequência,<br />
sobretudo para trabalhos em grupo Ademais,<br />
incorporou-se às instalações da Faculdade uma sala<br />
onde funcionara um antigo laboratório técnico, há<br />
muito desativado, e nela foram instalados sessenta<br />
gabinetes para professores.<br />
Os procedimentos administrativos, compreendidos<br />
como base de apoio às ações acadêmicas,<br />
36<br />
refletiam, à época, problemas com a informação<br />
e o tratamento que lhe era dispensado. Por exemplo,<br />
em outubro de 1989 (início da gestão aqui<br />
considerada) não havia qualquer ato expedido, a<br />
despeito da implantação da Faculdade ter ocorrido<br />
quatro <strong>anos</strong> antes (1983): tanto inexistiam<br />
normas universalmente estabelecidas para o<br />
funcionamento dos setores como inexistiam<br />
normas que preservassem a singularidade de<br />
qualquer órgão, dada sua específica natureza. A<br />
rigor, todos os órgãos encontravam-se sujeitos<br />
ao “disciplinamento” ditado pelo cotidiano e<br />
suas urgências e/ou aos estilos pessoais de cada<br />
dirigente ou chefia, com o agravante da ausência<br />
de publicações dessas “modalidades” de funcionamento.<br />
Exemplos dessa situação eram sentidos<br />
na Secretaria Acadêmica: ora entendida como<br />
subordinada ao Departamento, ora ao Colegiado,<br />
ora à Direção da Faculdade, ora aos próprios docentes;<br />
ou no setor administrativo-financeiro que<br />
assumia funções como a de secretariar o Conselho<br />
Departamental da Faculdade. O fluxo de informações,<br />
a tramitação de documentos e o expediente<br />
geral da Faculdade não tinham veiculação ampla<br />
nem se tornava possível a identificação imediata<br />
do estágio ou andamento dos documentos, requerimentos,<br />
processos etc.; era o desordenamento,<br />
quase absoluto. A implantação do protocolo e a<br />
definição da natureza das matérias x expediente<br />
de circulação interna e externa bem quanto ao<br />
destinatário (individual ou coletivo) possibilitaram<br />
ganhos no funcionamento setorial e no acompanhamento<br />
das mesmas no curso da tramitação;<br />
e os primeiros atos administrativos e resoluções<br />
do Conselho Departamental iniciaram-se com a<br />
gestão em 1989, com regular publicação e distribuição<br />
dos mesmos.<br />
Implantou-se, ademais, uma sistemática de<br />
planejamento e de avaliação e os dispositivos<br />
instituídos (Despachos Coletivos, Seminários<br />
de Planejamento, Seminários de Avaliação)<br />
16 Coordenado por Jaci Maria Ferraz de Menezes e Elizabete Conceição<br />
Santana, recebeu apoio do Programa Nordeste de Pesquisa<br />
e Pós Graduação (CNPQ) e da Capes, participa de uma das linhas<br />
de pesquisa do <strong>PPGEduC</strong>/<strong>Uneb</strong>, organiza a Coleção Memória da<br />
Educação na Bahia e uma rede de pesquisa – Redememo – incluindo<br />
os centros de Juazeiro, Sr. do Bonfim, Itaberaba, Jacobina, Valença,<br />
Teixeira de Freitas, Serrinha e Alagoinhas. Para mais informações<br />
acesse: www.promeba.uneb.br.<br />
Revista da <strong>FAEEBA</strong> – Educação e Contemporaneidade, Salvador, número especial, p. <strong>25</strong>-40, jul./dez. 2009<br />
<strong>FAEEBA</strong> <strong>25</strong> <strong>anos</strong>.indd 36 2/2/2011 13:44:59