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Margarida Alves - Ministério do Desenvolvimento Agrário

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n e a D e S p e C i a l<br />

o Crescimento, de 1972, uma parte importante das discussões radicou-se sobre o<br />

pressuposto de que meio ambiente e desenvolvimento são irreconciliáveis.<br />

A tese de MacNeill, Winsemius, e Yakushiji é a de que é imprescindível manter<br />

o crescimento econômico. É provável que a população <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> duplique ao<br />

longo <strong>do</strong> próximo meio século. A população mundial aumenta em 90 milhões a<br />

cada ano. Para fazer frente a este crescimento populacional é necessário manter as taxas<br />

de crescimento anual em torno de 3,0% a 6,0%. Contu<strong>do</strong>, não se pode esquecer que<br />

para sanar as necessidades dessa população é necessário se pensar na sustentação<br />

<strong>do</strong>s recursos naturais. A cada ano perde-se de solo arável o correspondente aos<br />

campos de trigo da Austrália. Também o consumo de água duplicou duas vezes<br />

neste século e poderá duplicar de novo nas duas próximas décadas.<br />

Segun<strong>do</strong> estes autores, a transformação para uma economia mais eficiente é o<br />

resulta<strong>do</strong> de uma complexa combinação de fatores, tais como: novas tecnologias<br />

e mudanças nas relações históricas entre capital, trabalho e recursos naturais.<br />

Assim, defendem os autores que a máxima <strong>do</strong> desenvolvimento sustentável não<br />

deve ser estipular limites ao crescimento, mas sim, o crescimento <strong>do</strong>s limites. Deve-se<br />

aprender a reconhecer e viver dentro <strong>do</strong>s limites de impacto social para além <strong>do</strong>s<br />

quais, a degradação <strong>do</strong>s ecossistemas, <strong>do</strong>s recursos e, por conseguinte, <strong>do</strong> bemestar<br />

humano são inevitáveis e progressivos.<br />

Os autores utilizam-se de um contraste entre a escala das necessidades de<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e a evidência <strong>do</strong>s limites da Terra. As conquistas em<br />

bem-estar humano foram, segun<strong>do</strong> eles, acompanhadas de enorme recrudescimento<br />

na escala de impacto humano sobre a Terra. Chamam a atenção para o fato<br />

de que, ao longo da história, a escala em que as pessoas transformaram energia<br />

e materiais, tem si<strong>do</strong> minúscula em comparação com a natureza. Recentemente,<br />

porém isso mu<strong>do</strong>u e o relacionamento entre a sociedade humana e o planeta<br />

sofreu uma profunda transformação, visto que, com os processos humanos e naturais<br />

se avizinhan<strong>do</strong> de grandezas semelhantes, o feedback <strong>do</strong> sistema ecológico<br />

terrestre para o sistema econômico <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> aparece na forma de: aquecimento<br />

global; buraco no ozônio; chuva ácida; degradação <strong>do</strong> solo; desmatamento.<br />

A partir desses da<strong>do</strong>s científicos preocupantes, no que diz respeito a preservação<br />

<strong>do</strong>s recursos naturais – essenciais ao crescimento econômico – os autores<br />

propõem o comprometimento das nações desenvolvidas e em desenvolvimento em<br />

torno de medidas a serem cumpridas para se alcançar um desenvolvimento sustentável.<br />

Propõe como metas da agenda <strong>do</strong> desenvolvimento sustentável: 1) Controlar<br />

o crescimento da população. Desde 1900 a população mundial mais <strong>do</strong> que triplicou.<br />

Quatro quintos desse crescimento deu-se a partir da segunda metade <strong>do</strong> século.<br />

Segun<strong>do</strong> os autores, a elevada proporção desse crescimento é insustentável; 2)<br />

melhorar a eficiência no uso de energia e substituir a utilização de combustíveis<br />

fósseis por alternativas de energia que preservem o meio ambiente em termos

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