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Margarida Alves - Ministério do Desenvolvimento Agrário

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M a r g a r i D a a l V e S : C o l e t â n e a S o B r e e S t u D o S r u r a i S e g ê n e r o<br />

fevereiro de 2004, foram: em 2002 = 7; 2003 = 15 e fevereiro/2004 = 6. No gráfico,<br />

observar-se-á que mesmo não obten<strong>do</strong> informações referentes aos meses restantes<br />

de 2004,1 na comparação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s de 2002 com os de apenas os <strong>do</strong>is meses<br />

iniciais de 2004, este último quase se iguala, em proporção, ao total de gestantes<br />

menores de 19 anos em 2002.<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

Quadro 2<br />

Gestantes menores de 19 anos<br />

Entretanto, a ambigüidade entre o dito e o vivi<strong>do</strong>, o “ideal” e o “aconteci<strong>do</strong>” é<br />

recorrente no cotidiano <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res de Rosário, especialmente quan<strong>do</strong> indagase<br />

acerca <strong>do</strong>s relacionamentos. Ou seja, existe a expectativa de uma “conduta ideal”<br />

e um comportamento real flexível coexistin<strong>do</strong>, sem que isto isente seus mora<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> conflito e das tensões, ao contrário (Galizoni, 2000). Decorrente disso talvez<br />

a questão da gravidez em idade precoce seja apontada como um “problema”<br />

por não corresponder a um padrão ideal à instituição escolar, a igreja ou mesmo<br />

àqueles que as representem.<br />

No senti<strong>do</strong> de inchamento familiar, há casos de jovens, – rapazes e moças –<br />

que “engravidam” antes <strong>do</strong> casamento, por exemplo, implican<strong>do</strong> que os pais da<br />

moça ou <strong>do</strong> rapaz acabarão por incorporar a criança à família (isto no caso de não<br />

irem morar juntos); pois, a coabitação (ou amigamento) é uma forma pre<strong>do</strong>minante<br />

de união, principalmente nas comunidades rurais, com perspectivas de virem a<br />

se legalizar. Fatores como pouca idade, o desemprego ou mesmo a desqualificação<br />

profissional fazem com que os jovens de origem rural, quan<strong>do</strong> têm filhos fora <strong>do</strong><br />

casamento aumentem a família de origem, dan<strong>do</strong>-lhe outro formato. Há os casos<br />

em que a moça deixa o filho sob os cuida<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s pais (avós) e vai procurar trabalho,<br />

muitas vezes, subempregos nas cidades de médio-grande porte para ajudar “em<br />

casa.” Mas, todas, essas hipóteses não anulam o fato de que, para muitos jovens, so-<br />

2002<br />

2003<br />

fev.04<br />

9 uma vez que fevereiro (200 ) foi a minha última visita ao campo de pesquisa.<br />

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