Margarida Alves - Ministério do Desenvolvimento Agrário
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M a r g a r i D a a l V e S : C o l e t â n e a S o B r e e S t u D o S r u r a i S e g ê n e r o<br />
da poluição atmosférica e mudança climática. O registro da história climática da<br />
Terra mostra uma correlação entre a concentração de CO2 e a temperatura. Além<br />
<strong>do</strong> CO2 outros gases estão consumin<strong>do</strong> a camada protetora de ozônio provocan<strong>do</strong><br />
o efeito estufa e, conseqüentemente o aquecimento da Terra. Este aquecimento<br />
pode gerar a elevação <strong>do</strong> nível <strong>do</strong>s mares e trazer sérias conseqüências para muitas<br />
pequenas nações insulares, países como a Holanda, Bangladesh, Tailândia, etc.<br />
Os gases de estufa provêm, sobretu<strong>do</strong>, de fontes naturais, mas também de fontes<br />
criadas pelo homem, tais como: os clorofluorcarbonos (CFCs) usa<strong>do</strong>s em espumas,<br />
aerossóis, refrigerantes e solventes, o dióxi<strong>do</strong> de carbono (CO2) que resulta<br />
da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural) e desmatamento,<br />
o óxi<strong>do</strong> nitroso (N2O) proveniente de fertilizantes, etc; 3) rever a política de<br />
subsídios, abatimento de impostos, incentivos fiscais, preços subsidia<strong>do</strong>s, tarifas<br />
e quotas que podem distorcer os preços e padrões de comércio de uma forma<br />
que é economicamente perversa e encoraja as modalidades insustentáveis de<br />
desenvolvimento. Por exemplo, na agricultura em termos de subsídios que favoreçam<br />
pacotes tecnológicos que provocam a erosão <strong>do</strong> solo, a desertificação,<br />
a perda de terras de lavoura. Na silvicultura, por meio de créditos subsidia<strong>do</strong>s,<br />
que favorecem práticas de destruição de florestas tropicais e diversidade biológica;<br />
4) Criar impostos e merca<strong>do</strong>s ambientais. Muitas matérias-primas e<br />
muitos bens criticamente importantes são transaciona<strong>do</strong>s por preços que não<br />
refletem seus efeitos sobre externalidades (o ar, a água e o solo). Os governos<br />
devem examinar a viabilidade de uma transferência gradual da carga tributária,<br />
reduzin<strong>do</strong> os impostos sobre renda, poupança e investimentos, e aumentan<strong>do</strong>-os<br />
sobre o uso de energia e recursos, sobre emissão de poluentes para o ar, a terra<br />
e a água, e sobre os produtos com eleva<strong>do</strong> impacto ambiental. Os impostos<br />
poderiam ter impacto ambientalmente positivo sobre os padrões de consumo<br />
e sobre a estrutura de custos da indústria sem agravar a carga tributária global.<br />
Foi dentro desta perspectiva que surgiu o princípio de “quem polui paga.” Este<br />
princípio pressupõe que a qualidade ambiental é um bem de consumo, algo que<br />
podemos optar por ter mais ou menos <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong>, e pelas mesmas razões<br />
que escolheríamos ter mais ou menos férias, automóveis ou picolés. Tornar as<br />
instituições econômicas ambientalmente responsáveis e sujeitas à prestação de<br />
contas. Esta seria uma tentativa de romper com ações ex post fato, elaboran<strong>do</strong><br />
uma agenda que direcione as ações, e não apenas as corrija. Uma indicação clara<br />
de que se um governo alterou seu programa de ação a fim de tratar seriamente<br />
<strong>do</strong> desenvolvimento sustentável será o seu orçamento.<br />
Os pontos problemáticos referentes ao posicionamento <strong>do</strong>s autores, diz respeito<br />
ao fato que, ao mesmo tempo quan<strong>do</strong> afirmam que a questão demográfica<br />
é um problema para a sustentabilidade,tanto para os países ricos como para os<br />
pobres, afirmam também que a questão não se reduz simplesmente ao número<br />
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