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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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Os dossiês D4 e D5 não apresentam nenhuma teoria sobre as concepções <strong>de</strong><br />

linguag<strong>em</strong> na fundamentação teórica do dossiê e, com exceção <strong>de</strong> D8 e D11, os<br />

<strong>de</strong>mais apresentam apenas um posicionamento, a concepção interacionista. Nos<br />

relatórios das aulas todos apresentam alguma vertente, <strong>de</strong>ixando transparecer nas<br />

práticas as concepções subjacentes a sua formação acadêmica. Mesmo na tentativa <strong>de</strong><br />

conceber aulas interacionistas, concepções tradicionais estão ainda presentes nestes<br />

estágios. D2, D5 (mesmo não apresentando teoria, as aulas práticas são coerentes entre<br />

si) e D7 são os dossiês mais coerentes, os <strong>de</strong>mais oscilam <strong>em</strong> incoerências,<br />

contradições, in<strong>de</strong>finições e equívocos. D8 ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que é incoerente,<br />

manifesta uma inquietação com sua prática; D10 apresenta contradições e ao mesmo<br />

t<strong>em</strong>po maior conscientização disso; D4 e D11 <strong>de</strong>monstram maiores oscilações entre as<br />

concepções e inconsistência teórico-prática. D1, D3, D6 e D9 apresentam in<strong>de</strong>finições<br />

ou equívocos, mantendo obscura a abordag<strong>em</strong> entre teoria e prática.<br />

Em relação a dois posicionamentos específicos, um <strong>de</strong> A4: “Embora<br />

tivéss<strong>em</strong>os muito a transmitir” e outro <strong>de</strong> A8 “conseguimos passar os conteúdos”,<br />

<strong>de</strong>stacamos uma assertiva <strong>de</strong> Matêncio (1994, p. 79) sobre isso. Para ela, algumas<br />

abordagens, tal como ocorreu <strong>em</strong> D4 e D8, acreditam na “existência <strong>de</strong> um conteúdo a<br />

ser ‘transmitido’ pelo professor, e não <strong>em</strong> um objeto <strong>de</strong> estudo a ser (re) construído por<br />

meio da interação professor-aluno”, tratando o aluno “como um ser passivo, cuja<br />

principal habilida<strong>de</strong> encontra-se <strong>em</strong> sua capacida<strong>de</strong> para receber e processar o<br />

conhecimento, e na habilida<strong>de</strong> para expressá-lo corretamente” (op. cit., p. 79).<br />

De acordo com Matêncio (i<strong>de</strong>m, p. 44) “Estabelece-se ainda, por meio da<br />

leitura, um evento interativo entre autor e leitor, que é mediado pelo texto e <strong>completa</strong>-se<br />

<strong>em</strong> outros eventos: a leitura é uma prática <strong>de</strong> atribuição <strong>de</strong> significados que ultrapassa o<br />

momento <strong>em</strong> que é realizada”. Para nós, é uma prática <strong>de</strong> construção <strong>em</strong> que o<br />

professor/estagiário é o mediador <strong>de</strong>ssa construção que po<strong>de</strong> ocorrer ou não,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das ativida<strong>de</strong>s realizadas. Por isso, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rever as teorias e<br />

práticas <strong>de</strong> leitura vigentes na disciplina <strong>de</strong> PELP que se esten<strong>de</strong>m aos momentos <strong>de</strong><br />

estágio supervisionado.<br />

Os conhecimentos teóricos oferecidos (Quadros 3, 4 e 5 – p.55, 57 e 58) e os<br />

apresentados pelos dossiês (Quadro 6 – p.61) não se comprovam, haja vista as<br />

oscilações entre as teorias apresentadas pelos dossiês (pretensamente <strong>de</strong>fendidas) e as<br />

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