dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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(BRASIL, 1997b), <strong>de</strong> seleção, antecipação, inferência e verificação; práticas que<br />
precisam ser <strong>de</strong>senvolvidas nos alunos, não como um fim <strong>em</strong> si mesmo, mas como<br />
meio <strong>de</strong> melhorar ou transformar a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura. Além das estratégias propostas<br />
pelos PCN, outros autores também apresentam estratégias <strong>de</strong> leitura como uma<br />
necessida<strong>de</strong>.<br />
As estratégias <strong>de</strong> leitura são chamadas por Kleiman (1993) <strong>de</strong> “operações<br />
regulares para abordar um texto”, antes, durante ou <strong>de</strong>pois da leitura, como propõe<br />
Solé (1998), apesar <strong>de</strong>sta advertir-nos <strong>de</strong> que as estratégias aparec<strong>em</strong> integradas no<br />
<strong>de</strong>correr do processo. As estratégias intensificam a compreensão do texto, ajudam a<br />
<strong>de</strong>tectar e compensar possíveis falhas <strong>de</strong> compreensão. Conforme Menegassi (1990,<br />
p.47), “É justamente <strong>de</strong>ntro da resolução dos probl<strong>em</strong>as que se encontra o processo<br />
metacognitivo” e o leitor, consciente dos seus probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> compreensão e consciente<br />
<strong>de</strong> alternativas para a solução <strong>de</strong> tal probl<strong>em</strong>a, lança mão das estratégias que possui. A<br />
escolha <strong>de</strong> estratégia a<strong>de</strong>quada ou compensatória resultará na compreensão <strong>de</strong>sejada.<br />
As estratégias, segundo Solé (1998), são responsáveis pela construção <strong>de</strong> uma<br />
interpretação para o texto, pelo fato <strong>de</strong> o leitor estar consciente do que enten<strong>de</strong> ou não<br />
e tentar resolver o probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> compreensão por meio <strong>de</strong> outros caminhos. Mesmo<br />
assim, muitos leitores não têm consciência disso, ocorrendo, <strong>de</strong>sse modo, falhas na<br />
compreensão. O leitor não t<strong>em</strong> consciência do potencial e <strong>de</strong> quão melhor realizaria<br />
uma ativida<strong>de</strong> leitora se utilizasse <strong>de</strong>terminadas estratégias. Ao professor cabe o<br />
compromisso <strong>de</strong> criar uma consciência no leitor sobre as estratégias que po<strong>de</strong>m ser<br />
usadas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do material e do objetivo pretendido. De acordo com pesquisas<br />
realizadas por Menegassi (1990, p.59), “para que a conscientização ocorra é necessário<br />
um treinamento com os leitores nas mais diferentes tarefas, com as mais diferentes<br />
estratégias.”<br />
Inicialmente os alunos po<strong>de</strong>m ser ajudados, ensinados, através da mediação<br />
do professor, para posteriormente utilizar autonomamente estratégias <strong>de</strong> leitura e po<strong>de</strong>r<br />
construir seus conhecimentos. A primeira estratégia proposta por Solé (1998) diz<br />
respeito à motivação para a leitura. O aluno/leitor precisa encontrar sentido para ler, <strong>em</strong><br />
situações <strong>de</strong>safiadoras e motivadoras.<br />
Outra estratégia, também abordada por Solé (1998), imprescindível para a<br />
compreensão do texto, é ter um objetivo para a leitura. Para a autora, “o propósito <strong>de</strong><br />
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