dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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Os autores apresentam duas vertentes <strong>em</strong> relação às maneiras <strong>de</strong> conceber a<br />
função da avaliação. Uma <strong>de</strong>las é a concepção mais freqüente e tradicional: “é a que se<br />
enten<strong>de</strong> como uma tentativa <strong>de</strong> medir objetivamente o nível dos conhecimentos obtidos<br />
pelos alunos ao final <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado processo <strong>de</strong> ensino”. Nesse caso a função da<br />
avaliação é “diferenciar e selecionar os alunos através dos resultados, geralmente<br />
numéricos, <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> provas” (op. cit. p. 172). A outra concepção enten<strong>de</strong> a<br />
avaliação como “um instrumento educativo que po<strong>de</strong> ser integrado no próprio processo<br />
<strong>de</strong> ensino-aprendizag<strong>em</strong>”, <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> avaliação formativa; t<strong>em</strong> a dupla função <strong>de</strong>:<br />
“informar aos alunos como avançaram e <strong>em</strong> que ponto se encontram no processo <strong>de</strong><br />
aquisição <strong>de</strong> conhecimentos” e “dar subsídios aos professores para que possam ajustar<br />
suas programações e seus métodos a partir do que revelam os resultados da avaliação, se<br />
os objetivos previstos estão sendo alcançados ou não” (i<strong>de</strong>m, op. cit.). Para os autores,<br />
nesta segunda concepção, a avaliação <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser um instrumento nas mãos do<br />
professor e passa a envolver também o aluno no controle <strong>de</strong> seu próprio processo; o<br />
erro <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser uma amostra mensurável do fracasso individual para servir como fonte<br />
<strong>de</strong> informação sobre as dificulda<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> cada aluno; e a integração da<br />
avaliação no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizag<strong>em</strong> comporta a diversificação dos<br />
instrumentos <strong>de</strong> observação e medida.<br />
Os autores acrescentam que, apesar <strong>de</strong> apresentar<strong>em</strong> algumas limitações,<br />
algumas das ativida<strong>de</strong>s utilizadas para analisar o processo e o controle da leitura, que<br />
po<strong>de</strong>riam ser incorporadas à avaliação escolar, são:<br />
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as análises dos erros cometidos durante uma leitura <strong>em</strong> voz alta e das<br />
autocorreções feitas pelo próprio leitor quando os percebe; a<br />
consi<strong>de</strong>ração do tipo <strong>de</strong> hipóteses lançadas pelo leitor que preencheu<br />
um texto com algum tipo <strong>de</strong> espaço vazio; a <strong>de</strong>terminação das<br />
estratégias adotadas pelo leitor que teve <strong>de</strong> localizar, explicar ou<br />
corrigir os erros contidos <strong>em</strong> um texto (COLOMER & CAMPS, 2002,<br />
p. 183).<br />
Solé (1998) classifica <strong>em</strong> três tipos <strong>de</strong> avaliação, mediante os diferentes<br />
pontos do processo <strong>de</strong> ensino/aprendizag<strong>em</strong>: avaliação inicial, avaliação somativa e<br />
avaliação formativa. A primeira refere-se sobre os conhecimentos do aluno no início do<br />
processo, a segunda avaliação sobre o final do processo e a avaliação formativa<br />
concerne sobre o <strong>de</strong>senvolvimento do processo. Essas avaliações, a partir dos pontos do<br />
processo, direcionam (ou <strong>de</strong>veriam direcionar) as ativida<strong>de</strong>s, as estratégias <strong>de</strong> leitura.