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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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participação dos alunos na aula”. Todavia D8 também apresenta ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação<br />

como produto: “realização dos exercícios feitos no módulo”.<br />

Segundo Weisz (2002, p. 94), o professor é um “observador privilegiado<br />

das ações do aprendiz”. O professor t<strong>em</strong> condições <strong>de</strong> avaliar o t<strong>em</strong>po todo e é “essa<br />

avaliação que lhe dá indicadores para sustentar sua intervenção” (i<strong>de</strong>m op.cit.). Mas<br />

acreditamos que isso seja diferente <strong>em</strong> situação <strong>de</strong> estágio. O t<strong>em</strong>po restrito não<br />

propicia condições favoráveis para que uma observação sólida se efetive. Por isso, os<br />

estagiários recorr<strong>em</strong> a avaliação produto.<br />

A avaliação po<strong>de</strong> ser concebida como uma das oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interação,<br />

<strong>de</strong> ensino e aprendizag<strong>em</strong>, se não for consi<strong>de</strong>rada como um produto final. Há uma<br />

diferença significativa entre o ensino que vise a uma avaliação como produto e um<br />

ensino centrado num processo <strong>de</strong> construção, logo, <strong>em</strong> um processo <strong>de</strong> avaliação.<br />

Todavia, os acadêmicos, nos momentos <strong>de</strong> estágios, <strong>de</strong>param-se com a realida<strong>de</strong> da<br />

escola e <strong>em</strong> tão pouco t<strong>em</strong>po, fica mais fácil avaliar um produto final, principalmente,<br />

se esta for uma exigência da professora titular da sala.<br />

Ao observarmos o Quadro 13 (p.72), com exceção <strong>de</strong> D9, que não anexa os<br />

planos <strong>de</strong> aula ao dossiê, os <strong>de</strong>mais, apresentam propostas <strong>de</strong> avaliação como produto,<br />

alguma ativida<strong>de</strong> mensurável, que os acadêmicos po<strong>de</strong>m comprovar e com a qual<br />

escolas e alunos estão acostumados 6 .<br />

A avaliação proposta por D10 é bastante diferenciada, se consi<strong>de</strong>rarmos a<br />

“observação do comportamento dos alunos <strong>em</strong> relação aos textos”, com algumas<br />

limitações ou restrições. Como ex<strong>em</strong>plo, po<strong>de</strong>mos citar a manifestação por parte do<br />

aluno <strong>em</strong> relação ao gosto pelo texto, t<strong>em</strong>a ou a <strong>de</strong>monstração clara <strong>de</strong> posicionamento<br />

que contrarie a do professor/estagiário. Isso o afetaria na avaliação ou não? O que A10<br />

avaliará no comportamento? A participação, o interesse pela leitura ou o<br />

posicionamento do aluno? Na conclusão do EF, A10 afirma: “procuramos valorizar as<br />

opiniões e impressões, convergindo para uma leitura <strong>de</strong> posicionamento crítico<br />

perante os textos”. Será que A10 conseguiu avaliar os alunos <strong>em</strong> tão pouco t<strong>em</strong>po?<br />

6 As ativida<strong>de</strong>s propostas pelos alunos, através <strong>de</strong> perguntas ou outras ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura, não são<br />

passíveis <strong>de</strong> análise para observação <strong>de</strong> suas pertinências, a<strong>de</strong>quações e construções, por não ser essa<br />

aproposta <strong>de</strong>sta pesquisa. Assim, <strong>de</strong>ixamos como sugestão para novas pesquisas a verificação e análise<br />

<strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s.

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