dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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Quadro 8 – Concepções <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> abordadas<br />
D1 A linguag<strong>em</strong> é um processo <strong>de</strong> interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes nos<br />
diferentes grupos e momentos históricos <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> [...] interagir pela linguag<strong>em</strong> é<br />
realizar uma ativida<strong>de</strong> discursiva, sendo que o discurso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das condições nas quais é<br />
realizado.<br />
D2 A apropriação da linguag<strong>em</strong> é muito importante pois é principal instrumento <strong>de</strong> intermediação<br />
ao conhecimento. É um fator <strong>de</strong> interação social que proporciona a troca <strong>de</strong> informações,<br />
experiências, idéias e conceitos, além <strong>de</strong> promover a comunicação entre os homens.<br />
D3 Utilizamos também na preparação <strong>de</strong>ste estágio, os PCN’s, o qual propõe uma visão<br />
interacionista da linguag<strong>em</strong>. Nesta visão, o aluno participa e expõe suas idéias livr<strong>em</strong>ente,<br />
dando abertura à imaginação, e com a busca da prática para se chegar a teoria.<br />
D4 Não apresenta.<br />
D5 Não apresenta<br />
D6 Para uma boa atuação <strong>em</strong> relação ao ensino <strong>de</strong> questões gramaticais, o professor <strong>de</strong> língua<br />
portuguesa, ao nosso ver, <strong>de</strong>ve buscar <strong>em</strong>basamento nas concepções atuais <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> e<br />
colocar <strong>em</strong> prática todo um referencial teórico que se sintetiza na concepção dialógica e<br />
interacionista <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> apoiada <strong>em</strong> Bakhtin – toda linguag<strong>em</strong> é intencional, construída <strong>em</strong><br />
função do outro, tendo, assim, objetivos.<br />
D7 Se a língua é um instrumento <strong>de</strong> interação entre sujeitos historicamente situados, o sentido dos<br />
textos só po<strong>de</strong> ser construído dialogicamente, na relação enunciador-enunciatário, sendo este<br />
último consi<strong>de</strong>rado um co-produtor do texto.<br />
D8 São apresentadas quatro concepções <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong>: “Na primeira, a linguag<strong>em</strong> é concebida<br />
como expressão do pensamento, na segunda, a linguag<strong>em</strong> é vista como instrumento <strong>de</strong><br />
comunicação e na terceira, a linguag<strong>em</strong> é uma forma ou processo <strong>de</strong> interação entre leitor,<br />
autor e o meio on<strong>de</strong> viv<strong>em</strong>.” A quarta concepção é “chamada dialógica ou interativa. A<br />
concepção consi<strong>de</strong>ra os papéis do leitor, autor e texto <strong>em</strong> tudo aquilo que os valida”.<br />
D9 “Foi utilizado para tal a concepção <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> interacionista, a qual procura uma<br />
participação e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> recíproca entre aluno e professor”. A9 cita o Currículo Básico:<br />
“concebe a linguag<strong>em</strong> como um processo <strong>de</strong> interação social, on<strong>de</strong> os sujeitos falantes<br />
interag<strong>em</strong> através <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> comunicação s<strong>em</strong>pre associadas a um contexto sóciohistórico<br />
e i<strong>de</strong>ológico.”<br />
D10 Se assumirmos o caráter doutrinado que os textos traz<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre consigo, acabar<strong>em</strong>os<br />
concordando que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá do leitor aceitar ou refutar a mensag<strong>em</strong> passada. [...] Quanto mais<br />
livre for o sujeito leitor, maior interação haverá entre ele e o objeto <strong>de</strong> leitura.<br />
D11 Ter <strong>em</strong> mente que a linguag<strong>em</strong> é o produto <strong>de</strong> uma necessida<strong>de</strong> histórica e social, é importante<br />
para a compreensão do caráter interacional da mesma. [...] Além <strong>de</strong>sta visão interacionista,<br />
t<strong>em</strong>os também outras duas. Cada uma possui objetivos antagônicos e que, portanto, implicam<br />
<strong>em</strong> práticas pedagógicas diversificadas. Essas duas outras correntes são as que predominam<br />
no ensino <strong>de</strong> língua portuguesa (principalmente no livro didático). Posterior a esses<br />
posicionamentos, A11 apresenta as três concepções mencionadas por Travaglia (1996)<br />
A4, apesar <strong>de</strong> não mencionar nenhuma concepção <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong>, afirma<br />
estar “ciente da realida<strong>de</strong> e das propostas do atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensino [e que procurará]<br />
seguir a conduta e metodologia interacionista <strong>em</strong> sala <strong>de</strong> aula”. E A11, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
comentar as três concepções, afirma: “No encaminhamento metodológico é importante<br />
saber que, toda prática metodológica <strong>de</strong>ve estar baseada <strong>em</strong> uma das concepções <strong>de</strong><br />
linguag<strong>em</strong> vistas anteriormente”.<br />
A gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong>sses acadêmicos está ciente das concepções <strong>de</strong><br />
linguag<strong>em</strong> que permeiam o ensino, <strong>em</strong> conseqüência disso, esperamos, nas ativida<strong>de</strong>s<br />
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