dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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texto não precisa ficar limpo, da maneira como lhes entregamos, que ele po<strong>de</strong> ser<br />
marcado, sublinhado e conter anotações. Enfatizou que essas são estratégias<br />
importantes a ser<strong>em</strong> utilizadas no momento da leitura para que possamos<br />
compreen<strong>de</strong>r melhor o texto e não nos per<strong>de</strong>rmos na leitura”.<br />
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Perceb<strong>em</strong>os que A7 teve a intenção <strong>de</strong> esclarecer aos alunos os processos<br />
cognitivos e metacognitivos da leitura s<strong>em</strong> mencionar essas nomenclaturas. Uma<br />
ativida<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rada como motivação para as <strong>de</strong>mais é: “Apresentação da lenda do<br />
saci-pererê através <strong>de</strong> um teatro <strong>de</strong> fantoches” pelas próprias acadêmicas e conforme<br />
relatório: “O objetivo <strong>de</strong>ssa apresentação foi o <strong>de</strong> pren<strong>de</strong>r a atenção dos alunos e<br />
<strong>de</strong>spertar neles o interesse pela leitura e pela cultura popular”. Mesmo que A7 não<br />
mencione, essa ativida<strong>de</strong> funciona como motivadora e como acionadora <strong>de</strong><br />
conhecimentos prévios, tanto acerca da tipologia textual quanto do assunto a ser tratado<br />
nas aulas subseqüentes. As lendas foram retomadas na aula seguinte, foram<br />
apresentados outros ex<strong>em</strong>plos, mostrados cartazes o que, segundo A7, “proporcionou<br />
meios para que os alunos inferiss<strong>em</strong> com o conhecimento prévio que tinham sobre o<br />
assunto.” Uma ativida<strong>de</strong> não explícita no planejamento e nos relatórios é “Solicitar<br />
uma leitura silenciosa do texto, seguida por uma leitura oral compartilhada”. Não<br />
sab<strong>em</strong>os se a leitura proposta é uma ativida<strong>de</strong> compartilhada, segundo Solé (1998), ou<br />
é apenas leitura oral por vários alunos.<br />
Em relação ao vocabulário <strong>de</strong>sconhecido A7 “escreveu, no quadro negro<br />
todas as palavras que os alunos sublinharam no texto e foi fazendo-os perceber o<br />
significado pelo contexto”. Em outra turma do EF e no estágio do EM (mesmos planos<br />
<strong>de</strong> aula), após o trabalho com os primeiros textos (ví<strong>de</strong>o e cartazes <strong>de</strong> campanhas<br />
educativas governamentais) é trabalhado outro texto “Porém, antes <strong>de</strong> entregá-lo aos<br />
alunos, trabalhamos com o seu título, mostrando <strong>em</strong> uma transparência” apenas o<br />
título. Foi pedido “para que os alunos levantass<strong>em</strong> hipóteses <strong>de</strong> qual seria o assunto e<br />
qual seria o tipo do texto que apresentava esse título.” Com essa ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> préleitura,<br />
os alunos ativam o conhecimento prévio sobre o assunto, sobre a tipologia<br />
textual e estabelec<strong>em</strong> previsões sobre o texto, mesmo que este esteja diretamente ligado<br />
aos textos anteriores. Depois <strong>de</strong> realizada a leitura, foi perguntado sobre o “assunto e<br />
a tipologia do mesmo, para que assim pudéss<strong>em</strong>os confirmar ou <strong>de</strong>sconfirmar as<br />
hipóteses levantadas anteriormente.” Assim como ocorrera <strong>em</strong> uma turma do EF, <strong>em</strong><br />
outra do EM também há a “leitura oral compartilhada conduzida pela (acadêmica)” e