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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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Em relação à compreensão e interpretação <strong>de</strong> textos, os acadêmicos<br />

realizaram questionamentos, orais ou escritos, sobre os textos apresentados. Os<br />

relatórios não explicitam se foram seguidas as etapas do processo <strong>de</strong> leitura. O<br />

Quadro 21 (p.111) nos mostra que há uma incongruência entre as abordagens <strong>de</strong><br />

compreensão e interpretação. D4 é o único que aborda a retenção, visto ser o único<br />

licenciando que utiliza o artigo <strong>de</strong> Menegassi (1995), <strong>em</strong>bora ressaltando: “o<br />

processo para uma leitura a<strong>de</strong>quada requer algumas estratégias [...]”, citando as<br />

quatro etapas do processo. Já D11 relata ter sido entregue questões <strong>de</strong> “interpretação,<br />

compreensão e extrapolação do texto, para fixar melhor o t<strong>em</strong>a”. A7 é o mais coerente<br />

dos acadêmicos, na fundamentação teórica postula: “A leitura, tal como encarada<br />

tradicionalmente, é uma <strong>de</strong>codificação <strong>de</strong> sinais gráficos. Entretanto, um leitor<br />

eficiente <strong>de</strong>ve ultrapassar o nível formal da leitura e <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r dos textos a i<strong>de</strong>ologia<br />

subjacente a eles, b<strong>em</strong> como as intenções comunicativas <strong>de</strong> seu produtor”, não faz<br />

abordagens explícitas sobre a compreensão e interpretação, mas as propõe no plano <strong>de</strong><br />

aula e as relata como ativida<strong>de</strong>s realizadas .<br />

No tocante às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura (3.5.), às estratégias por nós <strong>de</strong>limitadas<br />

(2.2.3.5.) e apresentadas no Quadro 12 e 20 (p.71 e 106), há uma representativida<strong>de</strong><br />

b<strong>em</strong> menor com estratégias mais distintas como estabelecer previsões sobre o texto e<br />

ter um objetivo para a leitura <strong>em</strong> comparação com ativar o conhecimento prévio. De<br />

acordo com Weisz (2002, p. 61), o “conhecimento não é gerado do nada, é uma<br />

permanente transformação a partir do conhecimento que já existe”. Mesmo assim, n<strong>em</strong><br />

todos os dossiês manifestam explicitamente a intenção <strong>de</strong> ativar o conhecimento prévio<br />

do aluno, o que acaba ocorrendo, por ser visível uma coerência t<strong>em</strong>ática entre as aulas.<br />

Os únicos dossiês que explicitam essa intenção nos planos <strong>de</strong> aulas e nos relatórios são<br />

D6, D7 e D11. O mesmo ocorre com a motivação.<br />

Kleiman (1996, p.154) apresenta um posicionamento bastante interessante<br />

<strong>em</strong> relação a acionar o conhecimento prévio e ter um objetivo para a leitura. Para ela,<br />

uma “maneira a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> ativar o conhecimento prévio da criança consiste <strong>em</strong><br />

fornecer um objetivo à leitura.” E acrescenta “Daí a dupla vali<strong>de</strong>z <strong>de</strong> uma prática <strong>em</strong><br />

que o professor <strong>de</strong>fine, antes da leitura, os objetivos da mesma, assim mo<strong>de</strong>lando uma<br />

atitu<strong>de</strong> importante <strong>de</strong> acesso ao texto”.

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