dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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dois textos com a mesma t<strong>em</strong>ática. Conforme A11: “os dois textos ren<strong>de</strong>ram um bom<br />
trabalho, pois os alunos participaram ativamente, compreen<strong>de</strong>ndo b<strong>em</strong> a t<strong>em</strong>ática<br />
expressa”. Para outra aula, antes <strong>de</strong> apresentar o texto “Chapeuzinho Amarelo”,<br />
“procuramos resgatar o conhecimento <strong>de</strong> mundo daqueles alunos” questionando se<br />
conheciam a história do “Chapeuzinho Vermelho (...) para <strong>de</strong>pois associarmos com a<br />
obra que estávamos trabalhando”. Para outro texto, foi<br />
“Realizada a leitura silenciosa pelos alunos e <strong>de</strong>pois <strong>em</strong> voz alta pela professora,<br />
houve uma rápida interpretação oral com o auxílio <strong>de</strong> questões por nós<br />
elaboradas” ; “Em seguida, foi entregue o questionário com seis questões (...) <strong>de</strong><br />
interpretação, compreensão e extrapolação do texto, para fixar melhor o t<strong>em</strong>a,<br />
para na aula seguinte darmos início à produção textual”.<br />
Para o EM, vários textos são utilizados nas primeiras aulas “para<br />
ilustrar<strong>em</strong> a explicação” teórica sobre a “estrutura e os tipos <strong>de</strong> enredo”. Em outra<br />
aula, outros textos são propostos: “iniciamos um novo conteúdo, a segunda etapa <strong>de</strong><br />
todo o planejamento: a leitura” (negrito <strong>de</strong> A11). Não há coerência t<strong>em</strong>ática entre os<br />
textos das primeiras aulas e os da aula <strong>de</strong> leitura. Além disso, para esta aula são<br />
realizadas “questões subjetivas” e a proposta do plano <strong>de</strong> aula era “Ler e interpretar o<br />
texto (...)”; com isso, A11 <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra as etapas do processo <strong>de</strong> leitura.<br />
Os relatos acima apresentam <strong>de</strong>talhadamente as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura<br />
realizadas pelos acadêmicos, além do Quadro 12 (p.71) que especifica as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
leitura propostas nos planos <strong>de</strong> aula. Muitas não são mencionadas como estratégias <strong>de</strong><br />
leitura, não são explícitas como tais. Como fora proposto na seção 2.2.3.5 do segundo<br />
capítulo, <strong>de</strong>stacamos algumas estratégias, segundo Solé (1998).<br />
Em relação às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pré-leitura, perceb<strong>em</strong>os nos dossiês D3, D6, D7,<br />
D8 e D11 uma preocupação com a motivação dos alunos. D9 se propôs a ativida<strong>de</strong>s<br />
motivacionais, mas segundo o próprio acadêmico “não foi possível prosseguir pelo fato<br />
dos alunos ter<strong>em</strong> tornado a ativida<strong>de</strong> [batata-quente] uma bagunça”. Houve uma<br />
intenção, todavia não a realização efetiva, por isso, acreditamos que não tenha havido<br />
motivação alguma, e sim um probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> domínio <strong>de</strong> sala. Com relação a ativar os<br />
conhecimentos prévios dos alunos, com exceção <strong>de</strong> D9, os <strong>de</strong>mais realizam ativida<strong>de</strong>s<br />
que proporcionam esse acionamento. Os únicos dossiês que explicitam essa intenção<br />
são D6, D7 e D11. Porém todos os dossiês mantêm uma unida<strong>de</strong> t<strong>em</strong>ática e, por isso, o