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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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disso, é preciso inferir diversas informações não explícitas e que são importantes para<br />

enten<strong>de</strong>r o texto, ou mesmo inferências do que ainda se farão explícitas (GOODMAN,<br />

1987). A inferência ocorre a partir dos conhecimentos prévios do leitor. Po<strong>de</strong>mos<br />

afirmar, então, que na leitura há uma interação entre as informações explícitas no texto<br />

e os conhecimentos implícitos do leitor.<br />

Com relação ao ensino <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> inferência lexical, Kleiman (1996)<br />

cita três fatores metacognitivos envolvidos:<br />

- o aluno precisa estar ciente <strong>de</strong> que há vários graus e tipos <strong>de</strong> compreensão <strong>de</strong><br />

palavras na leitura: algumas são palavras-chave, e faz-se necessário conhecer seu<br />

significado exato, já outras, apenas uma idéia aproximada;<br />

- o aluno precisa apren<strong>de</strong>r a avaliar o contexto lingüístico na escrita, com o intuito <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminar se é possível chegar a um significado, mesmo que aproximado;<br />

- o aluno precisa avaliar qual estratégia po<strong>de</strong>rá ser mais eficaz no momento <strong>de</strong> leitura,<br />

até que o processo chegue a funcionar no nível quase <strong>de</strong> automatismo, característico<br />

do leitor proficiente.<br />

Durante o processo <strong>de</strong> leitura, o leitor utiliza estratégias para confirmar ou<br />

rejeitar suas previsões e inferências; o leitor faz autocontrole <strong>de</strong> sua compreensão e, se<br />

necessário, recorre a estratégias <strong>de</strong> autocorreção, como a <strong>de</strong> voltar a partes anteriores<br />

do texto. Estratégias essas mencionadas por Goodman (1987) e por Solé (1998).<br />

As estratégias sugeridas por Solé (1998), para <strong>de</strong>pois e mesmo durante a<br />

leitura, são i<strong>de</strong>ntificação da idéia principal, elaboração <strong>de</strong> resumo e formulação e<br />

resposta <strong>de</strong> perguntas. A autora ressalta que essas estratégias precisam ser ensinadas<br />

aos alunos, o professor precisa mostrar como faz, a partir <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>los para que <strong>de</strong>pois os alunos possam fazer <strong>de</strong> forma autônoma. Essas estratégias<br />

normalmente são encontradas como ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> avaliação da compreensão e não<br />

como ensino do processo <strong>de</strong> construção do texto. De acordo com Kleiman, o resumo é<br />

uma estratégia <strong>de</strong> compreensão leitora, mas “a incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resumir eficient<strong>em</strong>ente<br />

não implica, necessariamente, que a criança seja incapaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r, mas apenas<br />

que ela não precisa compreen<strong>de</strong>r para conseguir sucesso <strong>em</strong> certas tarefas escolares”<br />

(1996, p.86).<br />

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